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📹 Liga dos Amigos “é absolutamente fundamental no trabalho diário” do Hospital

No dia em que comemorou os 37 anos de existência, a Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso juntou voluntários, sócios e parceiros na Fábrica de Santo Thyrso

Jornal do Ave

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No dia em que comemorou os 37 anos de existência, a Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso juntou voluntários, sócios e parceiros na Fábrica de Santo Thyrso e promoveu uma palestra que teve como orador o presidente da Federação Nacional do Voluntariado em Saúde foi um dos momentos altos do evento.

Em 2018, a percentagem de população residente com 15 ou mais anos que participou em, pelo menos, uma atividade formal ou informal de trabalho voluntário foi de 7,8%. A percentagem equivale a 695 mil pessoas, uma gota no oceano demográfico que é Portugal e que reflete a pouca cultura de voluntariado que permanece no país e que está bem longe das realidades da Holanda (40,2%) e da Dinamarca (38,1%), que apresentam as maiores taxas de adesão.
Foi a partir deste número que o presidente da Federação Nacional do Voluntariado em Saúde iniciou a pequena conferência que deu no 37.º aniversário da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso (LAHST), assinalado a 10 de junho, na Fábrica de Santo Thyrso.

Mas Carlos Pinto Ribeiro preferiu olhar para aquela percentagem de um modo otimista, referindo que “há uma grande margem de progressão”, que se pode potenciar através da “capacitação das organizações”. “Eu penso que o caminho não é só falar sobre o voluntariado, mas também tornar as nossas organizações que promovem o voluntariado mais competentes e assertivas e, depois, no boca a boca, vai ser fácil chamar as pessoas para organizações que lhes digam alguma coisa ou que sabem que estão no bom caminho. O bom nome das instituições encarregar-se-á de trazer pessoas para o voluntariado”, defendeu Carlos Pinto Ribeiro.

Conhecedor da realidade do voluntário em saúde e da situação vivida pelos profissionais de saúde, porque é médico, Carlos Pinto Ribeiro, salienta que o trabalho voluntário “é fundamental para a humanização das instituições de saúde”. “É do conhecimento geral que cada vez há menos profissionais no ativo e o mesmo trabalho urge ser feito e, aí, aparecem os voluntários com uma dedicação e competência que os define bem”.

A ideia é corroborada por António Barbosa, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, que não poupou elogios à ação da LAHST. “A atividade da Liga é absolutamente fundamental no nosso trabalho diário, porque os nossos profissionais de saúde estão muito focados em prestar assistência e cuidados que os doentes necessitam, infelizmente, os hospitais têm estado cheios e há uma pressão sobre o trabalho que nem sempre permite que eles tenham tempo para ouvir a partilhar da dor de quem recorre ao hospital. E os voluntários da Liga fazem isso de uma forma extraordinária. Acompanhando os doentes e partilhando os momentos difíceis, humanizam muito os cuidados de saúde. É um trabalho solidário extremamente útil, que a direção do Hospital não pode deixar de agradecer”, sublinhou António Barbosa.

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De facto, a LAHST faz um trabalho silencioso, mas considerado “muito precioso” por quem recorre ou trabalha no hospital. Além do apoio aos doentes, a instituição ainda apoia os profissionais de saúde, com donativos de equipamentos que podem melhorar a prestação dos cuidados de saúde.

Atualmente, tem sido feito um esforço para divulgar a ação da Liga, para que seja possível angariar mais sócios, pois são as cotas a principal fonte de financiamento. “A pandemia acabou por afastar muito as pessoas, mas com os nossos núcleos concelhios temos conseguido recuperar terreno e estamos também a trabalhar junto das empresas, para conseguirmos donativos”, explicou Laurinda Osório, presidente da LAHST.

Quem também marcou presença na atividade de comemoração do aniversário da instituição foi Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, que conhece de bem perto a atividade da Liga, não fizesse também parte dos órgãos sociais.

O autarca lembrou o obreiro deste projeto de voluntariado, José Luís Martins, enfermeiro do Hospital, que, com o apoio de outras figuras do concelho de Santo Tirso, constituiu uma associação com o desígnio de apoiar a instituição na conservação das instalações e melhorar o bem-estar dos doentes do Hospital.

Alberto Costa sublinhou também o contributo dado por aqueles a quem chama “anjos de bata amarela”, os voluntários, pelo “trabalho meritório de humanização do Hospital”.

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