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JuuL: de S. Tomé de Negrelos para Londres para cumprir sonho na música

Jornal do Ave

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Quando foi recusada nas eliminatórias do talent show televisivo Factor X, Joana Martins chegou à conclusão de que o caminho para o sucesso musical tinha de ser trilhado sozinha. Natural de S. Tomé de Negrelos, a jovem de 22 anos, partiu há exatamente um ano para o Reino Unido, onde, além de conseguir estabilidade financeira através da enfermagem, também procura oportunidades para singrar na música, a verdadeira paixão.

É sob o nome artístico JuuL que Joana Martins vai dando a conhecer o trabalho que já realizou na área e que não se circunscreve apenas à interpretação, mas estende-se à composição e produção musical.

As primeiras memórias de Joana ligadas a este mundo colocam-na rodeada de tambores, pandeiretas e violas de brincar que se ganhavam nas visitas às festas populares. “Passava a vida a cantar e a tentar imitar músicos na rádio”, contou, em entrevista ao JA.

O avô, acérrimo apaixonado pelo fado, é o único elemento da família que a poderia ter influenciado no gosto, mas mesmo assim JuuL considera que não há ninguém, entre os parentes, que encare a música “como algo tão sério pelo qual vale a pena lutar”.

A experiência musical não a ganhou nos locais para o efeito, tendo antes assumido uma postura autodidata, num mundo já familiarizado com as novas tecnologias e contando com a preciosa ajuda do Youtube, plataforma através da qual aprendeu a tocar guitarra e teclado. O mesmo aconteceu com a produção musical, passos decisivos para começar a criar os próprios temas musicais e a publicá-los online.

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A fase seguinte foi a criação de uma banda, para tocar ao vivo. “A minha carreira começou, efetivamente, aos 18 anos, quando cumpria o segundo ano na universidade. Foi nessa altura que comecei a dar os primeiros concertos em acústico e a produzir as primeiras músicas”, recorda.

Criou o próprio home studio e, com a ajuda de amigos, foi conhecendo outros músicos e alargando a rede de contactos na área para chegar mais longe na divulgação.

Deste trabalho nasce o EP, “I’ll keep dreaming”, em 2016, com quatro temas produzidos e mixados, exclusivamente, por JuuL. O feedback foi “muito bom”, diz, com a divulgação por parte de “algumas rádios portuguesas locais”. “Fiquei extremamente contente”. Estava conquistada a primeira grande vitória para a concretização do sonho.

Mas num território pequeno como o que Portugal dá à música, JuuL perdeu a conta aos obstáculos que encontrou para se estabelecer profissionalmente. E ainda hoje, num país cultural como é o Reino Unido, encontra, tendo de assumir as rédeas e “procurar locais onde tocar”. “Sou eu que me ofereço para os concertos, sou eu que bato às portas. Continuo a lutar sozinha e tenho de continuar a pôr trabalho cá fora a toda a hora para nunca parar”, acrescenta.

Mas desistir parece não ser verbo que tenha espaço no pensamento de Joana Martins que, recentemente, concretizou outro grande desafio, com o lançamento do álbum “One Way or Another”.

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São oito temas que revelam um pouco da identidade musical da artista, estabelecida – mas não limitada – entre o R&B, o soul e o funk. “Apesar de beber um pouco desses estilos, não gosto de colocar a minha música numa caixa só, até porque faço música conforme a minha inspiração no momento, não para seguir padrões de determinados géneros”, explica a jovem que se deixa também contagiar por nomes consagrados como Alicia Keys, Stevie Wonder, Mary J. Bridge, assim como de artistas emergentes como Kehlani e Tori Kelly. As letras das músicas, de forma geral, incidem sobre “experiências passadas quer a nível de relacionamentos, quer a nível desta luta constante no mundo da música”. Em Londres, as saudades “do sol de Portugal” vão sendo combatidas com a crença de que a capital inglesa, “sendo bem explorada”, lhe pode abrir portas para o reconhecimento musical.

No dia 18 de maio, dá o primeiro concerto em terras de sua majestade. “Quero-me compremeter a ficar cá até conseguir levar a minha música mais longe”, diz. Que assim seja, one way or another.

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