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Gravidez e a suplementação
Durante a gravidez as necessidades nutricionais sofrem um aumento, relacionado com o crescimento e desenvolvimento fetal, bem como devido ao metabolismo materno. É pertinente seguir uma alimentação saudável, sendo esta completa, equilibrada e variada.
A suplementação é importante nesta etapa da vida humana. E apesar de alguma controvérsia, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu recomendações, dado que a sua ausência poderá levar a mais riscos do que consequências na generalidade das grávidas.
Ácido fólico
Durante a gravidez é recomendado o aumento do consumo de alimentos ricos nesta vitamina, como por exemplo: os cereais integrais, leguminosas, frutos e hortícolas. Por vezes, poderá ser necessária a sua suplementação. Geralmente, é recomendada três meses antes da conceção e até aos primeiros três meses de gestação, período em que há uma rápida divisão celular no feto e pelo facto do tubo neural se fechar no primeiro mês de gestação. As recomendações nutricionais de 600 microgramas por dia, são determinantes na prevenção de malformações a nível do tubo neural.
Iodo
Durante a gravidez estão aumentadas as suas necessidades diárias. O seu aporte deficitário pode acarretar deficiências, principalmente numa fase precoce da gravidez.
A suplementação e a ingestão de alimentos fornecedores de iodo, permitem atingir os valores recomendados.
Segundo orientações da Direção Geral de Saúde, as mulheres em preconceção, grávidas ou em amamentação devem ser suplementadas diariamente em iodo, sob forma de iodeto de potássio, entre 150 a 200 microgramas por dia. É de realçar a importância de uma alimentação variada, onde sejam incluídos alimentos que sejam fontes de iodo. Como boas fontes iodadas temos os peixes, os crustáceos e as algas. Também como fontes, mas com teores variáveis, podemos encontrá-lo nos hortícolas, nas leguminosas, no leite e seus derivados.
É recomendada a substituição do sal comum por sal fortificado em iodo, comumente conhecido como sal iodado.
Ferro
O ferro é um mineral importante para o metabolismo energético e para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto.
Em conjunto com outros minerais, como o potássio, o sódio e também com a água, têm um papel importante no volume do sangue, como também na prevenção da anemia.
O défice em ferro poderá desencadear baixo peso do bebé aquando do seu nascimento, mortalidade perinatal, prematuridade e alterações na formação e organização neuronial.
Idealmente, deverá ser ingerida diariamente 27 miligramas durante a gestação, podendo por vezes ser necessária a suplementação.
Aconselha-se o aumento do consumo de alimentos de origem animal (carne e peixe), leguminosas (feijão e grão-de-bico) e hortícolas de folhas verde escuras (espinafres e brócolos).
A suplementação de vitaminas e minerais, recomendações alimentares e nutricionais diárias, devem ser adaptadas a cada grávida, indo ao encontro com a sua condição clínica. É importante o seguimento da gestante durante este período, pois traz vantagens para a saúde materna e futura do bebé.
Cátia Ramalho (3586N)
Nutricionista
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