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Video – Couto considera que nova alternativa à EN14 vai condenar Santo Tirso ao “isolamento”

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“Um arranjinho”. Este é o entendimento de Joaquim Couto acerca do novo projeto alternativo à Estrada Nacional 14, denominado “Circular da Trofa”. Em conferência de imprensa realizada junto da rotunda da A3, na manhã de segunda-feira, o autaca criticou a solução apresentada peo Governo, considerando que vai condenar Santo Tirso ao “isolamento”. CÁTIA VELOSO

Joaquim Couto insurgiu-se contra o projeto alternativo à Estrada Nacional 14, que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho apresentou em visita a Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, no dia 31 de janeiro. “É uma solução de Pirro”, considera o presidente da Câmara de Santo Tirso sobre a chamada “circular da Trofa”, projeto avaliado em 36 milhões de euros, que vem substituir a variante projetada há cerca de duas décadas e orçada em quase 200 milhões de euros. Para Couto, o projeto apresentado recentemente não passa de um “arruamento” que “satisfaz a Maia, mas não serve, minimamente os concelhos a norte, como Santo Tirso, Famalicão e Trofa”.

Sobre a ligação da Trofa com Famalicão prevista no novo projeto e que se faz através da rotunda junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, onde entroncará com a Estrada Nacional 104 – que liga o concelho trofense a Santo Tirso -, o autarca afirmou que “vai prejudicar” o município tirsense, uma vez que “o tráfego vai ter dificuldades” a chegar “à autoestrada”. “A ligação que existe atualmente manter-se-á e na nossa opinião não resolve o problema nem da Trofa nem de Santo Tirso”.

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Joaquim Couto suspeita que a circular pode levar ao “isolamento” de Santo Tirso, uma vez que não está contemplada a ligação à autoestrada, ao contrário do que previa o projeto da variante, no qual estava definido um nó a poucos metros de distância da entrada para a A3.

“Já que se fala tanto em apoio às exportações, aqui está a contradição evidente daquilo que o Governo diz e daquilo que faz. Este território do Médio Ave tem 250 mil habitantes e milhares de empresas, muitas das quais contribuem para as exportações nacionais”, acrescentou.

Considerando que o anúncio da Circular foi “uma medida nitidamente eleitoralista”, o edil tirsense sublinhou que “não vai ser possível fazer o projeto até às eleições”, muito menos começar a obra. “Foi apenas uma apresentação do senhor primeiro-ministro sem nenhum resultado prático durante o ano 2015”, completou, sem esconder o desejo de que “o próximo Governo retomará a proposta inicial” da variante.

O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, que diz não ter sido “consultado” sobre o novo projeto alternativo à EN14, anunciou que vai “contactar” as Estradas de Portugal para “fazer uma denúncia pública” de “mais uma medida daquelas de regúa e esquadro, em que o que interessa é reduzir o valor em dinheiro e não a solução”. Couto vai também tentar reunir com os autarcas da Trofa e de Vila Nova de Famalicão para unir esforços e tentar que “a sutação melhore”, ou seja, “que seja criada uma ligação à autoestrada”.

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