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Confeitaria Moura e Casa Reis são “Lojas com História” em Santo Tirso

Jornal do Ave

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A Câmara Municipal de Santo Tirso reconheceu a Confeitaria Moura e a Casa Reis como “Lojas com História”, passando os dois espaços centenários a ser abrangidos por um regime jurídico que protege os “Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico e Cultural ou Social”.

“São, sem dúvida dois ex-libris do comércio local de Santo Tirso, cuja notoriedade vai muito além das fronteiras do concelho”, explica o presidente da Câmara Municipal, Alberto Costa, a propósito deste reconhecimento. “Trata-se de um património imaterial de enorme valor, no sentido em que constituem um testemunho real da história local. São estabelecimentos que contribuem, sem sombra de dúvida, para o enriquecimento do tecido social, económico e cultural do Município”, acrescenta.

Com o novo estatuto, as lojas passam a beneficiar do acesso a programas de apoio próprios, assim como da proteção prevista nos regimes jurídicos de arrendamento urbano e das obras em prédios arrendados. Pretende-se, assim, tornar mais fácil as medidas de conservação que se demostrem necessárias.

Confeitaria Moura

A funcionar desde 1892, a história da Confeitaria Moura confunde-se com a história dos próprios jesuítas. Uma das versões sobre a origem da receita é a de que chegou a Portugal pelas mãos de um pasteleiro espanhol que foi trabalhar para a pastelaria Moura. Segundo reza a história, antes de chegar a Portugal o pasteleiro trabalhou numa comunidade de padres jesuítas em Bilbao e aí terá ido buscar a inspiração para o nome. Típico de Santo Tirso, o jesuíta é hoje um doce que pode ser apreciado em todo o país.

Casa Reis

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Com 159 anos, a retrosaria Casa Reis é a mais antiga do Norte do país. Tendo sido fundada por Narciso José Teixeira com o nome de “Tem Tudo”, dedicava-se, nos primeiros tempos de atividade, à venda de fazenda, miudezas, decorações.

Hoje, a Casa Reis é gerida por Magno Braga que começou a trabalhar na loja há 49 anos, e, apesar de continuar a vender de tudo um pouco, o negócio dedica-se sobretudo aos móveis e à decoração de interiores. Mesmo assim, ainda hoje continua a ser possível encontrar tecidos que eram vendidos quando a loja abriu como a flanela de xadrez, o serrubeco, ou a chita para os vestidos de senhora.

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