V.N. de Famalicão
Inovação em engenharia está no sangue da ESI
Há uma empresa de Vila Nova de Famalicão que está a deixar marcas na indústria nacional com soluções de engenharia inovadoras e customizadas que aumentam a produtividade das empresas, tornando-as mais competitivas e rentáveis. A ESI – Engenharia, Soluções e Inovação, que se apresenta aos mercados como fazedora de coisas que nunca foram feitas e representante de uma marca chamada inovação, está na vanguarda da engenharia.
Um ótimo exemplo dessa marca inovadora são os projetos na área da robótica: robôs da marca alemã Kuka que a ESI consegue que desenhem retratos com uma caneta BIC ou limpem vidros com água abundante sem entrar em curto-circuito. São os mesmos que depois acabam em linhas de produção de grandes empresas.
A empresa famalicense, sediada em Esmeriz, começou por ser o projeto de estágio de três engenheiros mecânicos da Universidade do Minho, Gil Sousa, Luís Leitão e Reinaldo Ribeiro, e foi hoje visitada por Paulo Cunha em mais uma jornada do roteiro Famalicão Made IN.
Corria o ano de 2007 quando estes colegas de curso criaram a ESI, desenvolveram uma solução para um equipamento e concorreram a um concurso nacional de inovação. Acabaram por ganhar a patente. E foi quando tudo começou.
Oito anos depois a ESI permanece apostada em revolucionar a indústria e, neste momento, trabalha na construção da “melhor linha de produção de pintura automática do mundo”, garante Gil Sousa. Foi concebida para a fábrica do IKEA em Paços de Ferreira para pintura das cozinhas da marca. São 800m2 de engenharia e robótica que revolucionaram a forma de produção até agora desenvolvida na empresa.
De resto, o IKEA é já um ilustre cliente da ESI que concebeu para a Riastone (empresa fornecedora do Ikea) uma solução para a criação automática dos “packs” de louça que encontramos à venda nas suas lojas. Tudo com tecnologia da ESI. “Todas as soluções que desenvolvemos para as diferentes indústrias são concebidas de raiz pelo departamento de I&D. A equipa, constituída por cerca de 15 engenheiros, constitui o capital criativo da nossa empresa”, assinala.
A ESI trabalha sobretudo em Portugal e para indústrias tão diversas como a alimentar, automóvel, metalomecânica e dos plásticos, entre outras. Ao fim de oito anos já encontrou soluções de engenharia inovadoras e eficientes para empresas com dimensão mundial e outras mais pequenas. Para além do IKEA, destacam-se como principais clientes o Grupo Amorim, a Polisport, a Visabeira, a Vieira de Castro e a Primor, todos com forte vocação exportadora.
Nova empresa no horizonte
A ESI está em franco crescimento. Para 2015 a empresa já garantiu uma faturação de 2 milhões de euros (1,5 milhões de euros só com uma venda), mas espera atingir os 3 milhões. Em 2014 as receitas atingiram os 1,4 milhões de euros com 15 projetos.
Depois de conquistados diversos setores industriais, a empresa famalicense quer levar a robótica e a automação até ao consumidor final. “Arquitetura, design e artes são as próximas áreas de negócio a conquistar”, adianta Gil Sousa, acrescentando que está já pensada a criação de uma nova empresa dedicada exclusivamente a estas áreas.
Paulo Cunha refere-se à ESI como uma “empresa com uma marca inovadora muito vincada”, resultado de um trabalho de três jovens engenheiros “pró-ativos e empreendedores que puseram o seu know-how ao serviço da economia”.
O autarca enaltece ainda o facto de os três jovens engenheiros não serem conservadores do ponto de vista do seu projeto empresarial porque facilmente perceberam que aquilo que sabem fazer pode potenciar outras áreas. “A capacidade de operar em várias indústrias em simultâneo resulta na acumulação de conhecimento, o que permite a transferência de tecnologia entre os diferentes setores, o que faz com que a ESI tenha um enorme potencial de crescimento”, nota.
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