V.N. de Famalicão
Famalicão cumpriu Abril
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão afirmou ontem que “é necessário cumprir Abril todos os dias” e mostra-se otimista quanto à postura cívica dos famalicenses. “Tal como há 47 anos soubemos estar concentrados num desígnio, também hoje havemos de saber viver os tempos difíceis e criar condições para ultrapassarmos comunitariamente as atuais circunstâncias”, muito condicionadas pela pandemia da Covid – 19. “A responsabilidade cívica, individual e coletiva, é um dos grandes valores da liberdade”, referiu.
Paulo Cunha falava na sessão solene extraordinária da Assembleia Municipal comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril, que este ano decorreu online, via Zoom, com a habitual intervenção das várias forças políticas do concelho e do presidente da Assembleia Municipal, Nuno Melo.
Antes, pelas 10h00, os dois responsáveis políticos assinalaram simbolicamente o hastear da bandeira nos Paços do Concelho.
Durante a sua intervenção, Paulo Cunha apelou aos famalicenses para que “sejam os heróis dos nossos tempos”, lembrando isso mesmo: “A liberdade que Abril nos trouxe é também sinónimo de responsabilidade”.
Sobre o pós-pandemia, o autarca acredita que o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos no concelho em áreas como a educação, o desporto, a cultura, o desenvolvimento integrado, a solidariedade social, a sustentabilidade e o desenvolvimento económico “é o condimento necessário para que tenhamos uma expectativa muito sólida de futuro para a nossa comunidade”.
E acrescenta: “estamos plenamente convencidos que no contexto difícil que estamos a viver, Vila Nova de Famalicão está preparado para enfrentar as adversidades e ser bem-sucedido”.
Como vem sendo hábito, a sessão terminou com a intervenção do presidente da Assembleia Municipal, para quem o “25 de Abril não pode ser uma bolha para políticos e ser transformado num anacronismo”.
Nuno Melo realçou que o 25 de Abril “não é apenas o feito de um partido ou de uma pessoa, mas sim o feito de um povo”, dizendo ainda queperante o afastamento e a desconfiança dos cidadãos em relação à democracia compete aos políticos e representantes do país fazer a diferença.
“A ideia de democracia tem de ser o nosso maior denominador comum. Não podemos querer ser representantes de um povo e quando chamados a exercer a sua vontade fazer precisamente o oposto daquilo que este desejaria”, acrescentou.
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