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V.N. de Famalicão

Um tronco tombado virou escultura sonora

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O Parque da Devesa de Vila Nova de Famalicão ganhou um novo espaço de divertimento e aprendizagem destinado às crianças e às famílias. A instalação sonora Metamorfose, que está localizada junto ao tanque abaixo da Casa do Território, resulta da transformação do tronco de um carvalho que tombou durante o inverno de 2017, renascendo sob a forma de um conjunto escultórico, incluindo novos elementos como lâminas e campânulas metálicas de vários tamanhos. Capaz de produzir sons verdadeiramente melodiosos, o novo atrativo do Parque da Devesa convida ao relaxamento e introspeção.
A instalação sonora foi inaugurada esta segunda-feira, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e pelos responsáveis da Companhia de Música Teatral, que conceberam a peça.
Depois de experimentar as sonoridades, Paulo Cunha, salientou a importância deste conjunto escultórico. “Com esta iniciativa estamos a perpetuar um carvalho, uma árvore que fazia parte do Parque, criando um novo ponto de interesse e atraindo novos públicos”, salientou, explicando que esta é já a quarta iniciativa promovida no parque da Devesa, seguindo o mesmo principio, “transformar a natureza morta em arte viva”. Neste âmbito, destaque para as esculturas das Árvores Colorida, Rebater um Árvore, Memória Inscrita e agora a Metamorfose.
Por sua vez, Helena Rodrigues, da Companhia de Música Teatral, salientou a função educativa e recreativa da instalação sonora: “Trata-se de um instrumento coletivo que soa harmoniosamente a partir da participação e colaboração de todos. Qualquer pessoa pode participar individualmente mas se forem pequenos grupos a juntarem-se e a fazerem ressoar estes sons melhor ainda. No fundo, trata-se de dar vida ao carvalho que agora continua a estar vivo no parque, mas de outra forma”.
A Companhia de Música Teatral explora a música como ponto de partida para a interação entre várias técnicas e linguagens de comunicação artística dentro de uma estética que vai da “música cénica” ao “teatro-musical”.
Refira-se que a Companhia tem desenvolvido um trabalho pioneiro de articulação entre a investigação académica, a produção artística, a criação tecnológica, o envolvimento da comunidade e a divulgação de ideias recentes sobre a importância da experiência musical em especial nas idades mais precoces.

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