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Santo Tirso

Inauguração da exposição Lanzarote A Janela de Saramago

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Fábrica de Santo Thyrso acolhe exposição de fotografia até 16 de junho

A Câmara Municipal de Santo Tirso, inaugura na sexta-feira, dia 8 de maio, pelas 18h30, a exposição Lanzarote a Janela de Saramago, do fotógrafo João Francisco Vilhena. Patente na Fábrica de Santo Thyrso até dia 16 de junho, “Lanzarote a Janela de Saramago” é um diário/caderno de notas sobre o olhar sensorial e apaixonado do escritor, visto e filtrado pelo olhar de um fotógrafo que em 1998 esteve em Lanzarote para o retratar, e que 15 anos depois regressa para capturar novas imagens e sentir o que aquela terra, no meio do oceano, representou para o único prémio Nobel de Literatura da língua portuguesa.

Nos seus diários sobre Lanzarote, em entrevistas e conferências, Saramago declarou o seu amor pela ilha e confessou um imaginário regresso aos lugares da infância perdida. Em Lanzarote um novo homem revela-se e é revelado. “Quantas maneiras haverá de ser feliz? Começo a crer que as conheço a todas.” É essa atmosfera que João Francisco Vilhena retrata e apresenta no seu trabalho. A tranquilidade, refletida nas palavras, a influência da paisagem, a luz e as nuvens, o mar e o silêncio, a temperatura das cores, tudo isso influenciou a escrita e a vida de Saramago. Através das suas imagens João Vilhena procura retratar Lanzarote como uma janela aberta por Saramago. O lugar e sua paisagem como símbolo de uma nova fase; uma nova literatura, uma nova vida, um momento diferente de criação e do homem.

Esta é ainda uma exposição/instalação visual e sonora, composta por fotografias a preto e branco e sépia interagindo com frases de José Saramago. A exposição conta ainda com uma instalação sonora em que ouvimos a voz de José Saramago, integrada numa partitura musical criada para a exposição pelos Cindy Kat.

A exposição tem entrada gratuita e pode ser vista de segunda a sexta-feira entre as 9h00 e as 18h00, e ao fim de semana entre as 14h00 e as 18h00.

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JOÃO FRANCISCO VILHENA nasceu em Lisboa, em 1965.

Trabalhou como fotojornalista e colaborou com diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, tais como Ler, Elle, Máxima, Marie Claire, Oceanos, Visão, Grande Reportagem, Colóquio-Letras, Der Spiegel, o suplemento cultural DNA e Le Monde. Foi editor fotográfico do semanário O Independente e do semanário Sol, bem como diretor de arte da Tabacaria – revista literária da Casa Fernando Pessoa. Tem realizado diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Assinou vários livros em coautoria. Tem participado como júri em prémios de fotografia.

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