Trofa
PS Trofa reúne-se em convenção para definir estratégia de reconquista da Câmara (c/ vídeo)
O Partido Socialista da Trofa deu início ao seu projeto político para 2025 com a 2.ª Convenção Autárquica, que reuniu durante dois dias os militantes em torno de temas como a economia, habitação e a mobilidade.
Está dado o primeiro passo para o projeto socialista para as eleições autárquicas de 2025 na Trofa. Durante dois dias, a comissão política concelhia do PS reuniu-se na 2.ª Convenção Autárquica com o objetivo de estabelecer uma nova visão política para o concelho e alinhar a estratégia para reconquistar a Câmara Municipal. A sessão de abertura, na noite de 8 de novembro, contou com a presença do presidente do Partido, Carlos César, que se mostrou confiante no trabalho feito a nível local.
Carlos César quis fazer “uma menção muito especial”, de “estímulo muito forte”, ao presidente da concelhia, Amadeu Dias, a quem encorajou para “continuar, com seriedade, persistência e paixão pela sua terra, um trabalho que será certamente reconhecido” na forma de “uma grande vitória nas eleições autárquicas para a Câmara Municipal da Trofa”.
Quem também está apostado em ver o PS vencer as eleições na Trofa é o presidente da Federação Distrital do PS, Nuno Araújo, que no discurso deixou escapar a vontade de ver Amadeu Dias encabeçar, pela terceira vez, a candidatura à Câmara. Uma realidade que está presa pelo que o socialista diz ser um formalismo interno.
“A seu tempo, a formalidade da candidatura será resolvida, pois há uma vontade expressa – e nem fui eu que a transmiti – de concretizar este projeto,” de “vencer as eleições autárquicas de 2025”, reagiu Amadeu Dias, em declarações ao JA.
O líder da concelhia do PS Trofa deixou claro o sentimento de confiança que reina na estrutura para 2025. “Acredito que é possível ganhar a Câmara Municipal da Trofa porque ouvimos a população. Como vereador há sete anos, sinto o pulsar do concelho, e as visitas às instituições e às empresas permitem-me perceber as reais necessidades dos trofenses, que muitas vezes nos procuram para expressar apoio e encorajamento”, referiu.
O socialista destacou ainda que o PS Trofa está “organizado, unido e preparado” para apresentar “equipas capazes, qualificadas e confiáveis”, comprometidas com um projeto “transparente” e baseado nas “dificuldades do dia a dia dos trofenses e não nos gabinetes dos políticos”.
Amadeu Dias frisou também a importância do apoio da liderança nacional do PS, destacando que o presidente do Partido deu “um claro sinal de apoio” à reconquista da Trofa. “Temos de assumir essa luta com os melhores intervenientes e com a mobilização dos trofenses”, sublinhou, mencionando que apesar de ter começado no PS enquanto jovem, hoje a experiência é uma mais-valia.
Uma convenção para ouvir a população e delinear o futuro
Entre os temas abordados na convenção, a economia, a habitação e a mobilidade estiveram no centro do debate. Durante o discurso que fez aos militantes, Carlos César elogiou a iniciativa, um “sinal” de “uma boa convicção”, a de que “é através do diálogo, da perceção das necessidades, do estudo, da procura de opiniões e não de um simples esbracejar que a política e os políticos se prestigiam e ganham confiança junto dos eleitores”.
Amadeu Dias explicou que o objetivo da convenção foi “mostrar à população que o PS Trofa está a ouvir” e está “no terreno”. “Convidámos pessoas de diferentes áreas – autarcas, deputados, antigos governantes e figuras da sociedade civil, para testemunharem e partilharem estratégias para o concelho”, postulou. E admite: a convenção marca “o tiro de partida para as próximas eleições autárquicas de 2025”.
Na primeira noite do evento, estiveram presentes os elementos do executivo socialista que governou a Trofa entre 2009 e 2013, algo que para Amadeu Dias não só representa uma homenagem ao trabalho realizado como uma oportunidade de relembrar aos trofenses o legado do partido. “É uma honra o que o PS fez e a história que escreveu, que foi interrompida por vontade dos trofenses devido a diversos fatores”, afirmou Amadeu Dias, que acredita que, apesar das diferenças de contexto, existem “muitas semelhanças entre o cenário de 2008, quando a autarquia era liderada pelo PSD, e o de 2024, gerida pela coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS-PP). “Sentimos desorientação, desorganização e quiçá, alguns dissabores na gestão financeira da Câmara. Parece que estamos a ver a mesma história”, referiu.
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