Transferência do Hospital de Santo Tirso para Misericórdia é “mais uma ofensiva contra o SNS”, diz PCP

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O Partido Comunista Português (PCP) manifestou-se contra a intenção anunciada pelo Governo PSD/CDS de transferir a gestão do Hospital Conde São Bento, em Santo Tirso, para a Santa Casa da Misericórdia. Segundo o PCP, esta medida representa uma tentativa de “privatizar serviços públicos” e foi tomada sem consulta à administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Ave ou aos trabalhadores.

Em reunião com o conselho de administração da ULS do Médio Ave, o deputado Alfredo Maia e o membro da Assembleia Municipal João Ferreira ouviram relatos de preocupação por parte dos profissionais de saúde, que receiam a precarização dos seus postos de trabalho e condições laborais. O PCP alerta para o risco de repetir o impacto negativo de anteriores transferências de hospitais públicos para Misericórdias, que, segundo o partido, resultaram na destruição de dezenas de empregos.

O PCP destacou ainda os recentes investimentos públicos no Hospital Conde São Bento, incluindo cerca de 4 milhões de euros na criação de uma nova unidade de saúde mental, que permitiram melhorar as infraestruturas e aumentar a capacidade de internamento. Para os comunistas, não há qualquer incompatibilidade entre a gestão pública e a expansão de valências no hospital, algumas das quais já em funcionamento ou em estudo.

O PCP reafirmou o seu compromisso na defesa de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) público, universal e gratuito. O partido considera que a proposta do Governo reflete uma desvalorização dos profissionais de saúde e desvia recursos para setores privados ou sociais, prejudicando os utentes.

Os comunistas prometem lutar pelo reforço das condições de trabalho e pela melhoria dos serviços no Hospital Conde São Bento, defendendo ainda a construção de um novo edifício hospitalar. Além disso, acusam o PS de cumplicidade ao aprovar um Orçamento do Estado que, na visão do PCP, agrava os problemas do SNS em vez de os resolver.

O PCP apela à mobilização de utentes e profissionais de saúde para combater esta decisão, sublinhando a necessidade de impedir o que classificam como “mais uma ofensiva contra o SNS”.