Novo Estádio Municipal de Famalicão avança para concurso público

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A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai abrir, nos próximos dias, um concurso público internacional para a conceção, construção e exploração do futuro Estádio Municipal de Famalicão – Complexo Desportivo e Empresarial.

As linhas gerais do procedimento concursal, que para além da construção do novo estádio vai também permitir a revitalização de uma zona central da cidade, foram hoje apresentadas pelo presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, num encontro com a comunicação social que contou também com as presenças do presidente do Futebol Clube de Famalicão, José Pina Ferreira, e do presidente da SAD, Miguel Ribeiro.

O edil começou por referir que a estratégia já anunciada pela autarquia para este dossier – concessionar os terrenos e a edificação, desafiando promotores privados a olharem para a área onde estão implantados o Estádio Municipal e o campo de treinos e a desenvolverem uma proposta que inclua, obrigatoriamente, a construção do novo estádio – é aquela que está em melhores condições de colocar a obra no terreno sem envolver financiamento municipal e sem hipotecar o futuro das gerações vindouras.

Uma estratégia que, conforme explicou o autarca, foi ganhando “consistência e robustez” ao longo do último ano com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela equipa multidisciplinar criada para o efeito, composta por  juristas, avaliadores, arquitetos, economistas e engenheiros civis, e que esteve responsável pela elaboração de um conjunto de estudos, nomeadamente de viabilidade económica e financeira, análise custo-benefício, avaliação imobiliária (CMVM), elaboração do programa do procedimento concursal e do caderno de encargos, entre outros.

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Os investidores e promotores interessados terão perante si um terreno com uma área total máxima de construção de cerca de 85 mil metros quadrados, onde deverá ser obrigatoriamente construído o estádio municipal, um  parque de estacionamento e uma área reservada para a construção de um espaço multifuncional.

O estádio, que contará com 4 bancadas cobertas, deverá ter uma área mínima de construção de 19.900 metros quadrados e uma lotação de cerca de 10 mil lugares. “Números que podem variar, porque no toca à programação obrigatória estamos a falar de áreas mínimas”, relembra o edil.

Esta área de construção obrigatória poderá ser complementada por um conjunto de construções facultativas, nomeadamente, a criação de um complexo empresarial para comércio ou serviços e de uma outra área destinada a estacionamento.

Mário Passos adiantou ainda que em causa está um período de concessão de 53 anos (3 no máximo para a construção e 50 para a exploração).

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No final, o presidente da SAD do FC Famalicão, Miguel Ribeiro, não escondeu o seu “otimismo” e “entusiasmo” com o modelo apresentado. “Acredito que este é um projeto que poderá ser de referência e replicado pelo mundo fora porque não representa apenas um estádio para se jogar de 15 em 15 dias. Pelo que aqui foi apresentado, o estádio e tudo o que o rodeia poderá ser criador de uma nova centralidade para Famalicão, porque o que se pretende é que toda a sua envolvência tenha a capacidade de ser usufruída 7 dias por semana”.

Entusiasmo partilhado também pelo presidente do Futebol Clube de Famalicão, José Pina Ferreira. “É um projeto que tenho a certeza que vai ter viabilidade”.