Santo Tirso
Preço da água desce em Santo Tirso
A população de Santo Tirso vai ter água mais barata. A descida do tarifário foi esta quinta-feira aprovada por maioria em sede de reunião do executivo da Câmara Municipal, permitindo que, por exemplo, um consumidor que gaste 18 metros cúbicos de água por mês passe a pagar menos 3,7 por cento do que valor praticado até agora.
A aplicação desta alteração extraordinária do tarifário da água em 2015 terá reflexos já a partir deste mês de outubro. Esta redução do preço, explicou Joaquim Couto, é reflexo “da fusão das empresas que vendem água aos municípios”, pelo que “a reestruturação do setor da água em Portugal veio dar razão à posição da Câmara Municipal, relativamente às diferenças existentes entre os tarifários de água praticados de norte a sul de Portugal”.
A descida do preço mensal da água é variável, no caso dos clientes domésticos, de acordo com os consumos. No caso de um consumo de 10 metros cúbicos, o tarifário sofre uma redução de 2,05 por cento; no caso de 15 metros cúbicos, desce 2,80 por cento e no caso de 18 metros cúbicos, desce 3,70 por cento.
O autarca de Santo Tirso recordou, no final da reunião do executivo camarário, que o Município sempre considerou que os estudos publicados, segundo os quais o concelho de Santo Tirso teria um dos preços mais altos do país no serviço de água prestado ao consumidor, estavam feridos de morte: “Estes estudos comparavam tarifários entre Municípios que não podiam «per se» ser comparados, uma vez que não levavam em linha de conta um conjunto de fatores com influência direta no valor a pagar, nomeadamente os investimentos realizados na rede de abastecimento, a qualidade do serviço e os preços praticados em «alta»”.
O que se constata é que o serviço de abastecimento de água em Santo Tirso, acrescentou Joaquim Couto, “é um exemplo para o país sob o ponto de vista da qualidade da água, reconhecido pela própria entidade reguladora, a qual coloca a água do concelho como a melhor de Portugal, e do modelo de gestão, por ser economicamente sustentável”.
“O equilíbrio económico-financeiro das empresas que vendem água aos municípios nunca foi, por exemplo, ponderado nos estudos realizados sobre os tarifários praticados em Portugal, apesar de ser uma recomendação da entidade reguladora, que exige ver repercutida na fatura do consumidor o preço real do serviço prestado”, apontou o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso.
Joaquim Couto recordou, ainda, que o Município de Santo Tirso “sempre cumpriu com as recomendações da entidade reguladora”, pelo que “não teve qualquer responsabilidade na gigantesca dívida de mais de 600 milhões acumulada pela Águas de Portugal”. Outros municípios, apontou, “decidiram seguir um caminho diferente, o que acabou por ditar uma reestruturação do setor da água em Portugal, face aos graves desequilíbrios existentes nalgumas das extintas entidades gestoras.
Assim, criticou, “as vozes que demagógica e oportunisticamente se insurgiram contra o preço da água praticado em Santo Tirso têm agora a prova de que as discrepâncias verificadas não eram da responsabilidade da Câmara Municipal, mas sim de um sistema disfuncional, pouco solidário e desregulado”
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