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Cuidadores informais com risco 51% maior de depressão e até 38% maior de problemas de ansiedade

A publicação pretende sensibilizar para a exaustão emocional sentida por quem cuida, de forma contínua, de familiares ou amigos em situação de dependência.

Jornal do Ave

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Com mais de 1,4 milhões de pessoas a prestar cuidados não remunerados em Portugal, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lança o alerta: os cuidadores informais enfrentam riscos acrescidos de saúde mental e física. Segundo o novo documento “Vamos Falar Sobre Autocuidado dos Cuidadores Informais”, estas pessoas apresentam um risco 51% superior de desenvolver depressão e até 38% maior de sofrer de ansiedade.

A publicação pretende sensibilizar para a exaustão emocional sentida por quem cuida, de forma contínua, de familiares ou amigos em situação de dependência. “O autocuidado não é egoísmo, é uma necessidade”, frisa a OPP, sublinhando que 88,3% dos cuidadores já relataram sentir-se emocionalmente esgotados.

Entre os principais efeitos negativos destacam-se o desgaste físico e psicológico, isolamento social, dificuldade de acesso a apoios financeiros e uma elevada sobrecarga emocional. “O cuidar de alguém com demência, por exemplo, pode implicar lidar com sentimentos de frustração, impotência e tristeza permanentes”, detalha o documento.

Além de fornecer estratégias práticas de autocuidado, como atividades de lazer, exercício físico ou participação em redes de apoio, a OPP alerta para a carência de acompanhamento profissional: 80% dos cuidadores dizem precisar de apoio psicológico, mas apenas 40% o procuraram.

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A Ordem propõe ainda um conjunto de medidas aos decisores políticos, como subsídios de apoio à assistência em cuidados de curta duração, períodos alargados de faltas justificadas e políticas laborais mais flexíveis. “O Estado deve reconhecer e proteger o trabalho invisível de quem cuida”, defende a OPP.

A publicação e os recursos de apoio estão disponíveis em www.ordemdospsicologos.pt e é acompanhada de checklists de autocuidado e contactos de apoio, como a Linha de Apoio Psicológico do SNS24 (808 24 24 24) e a Linha Nacional de Apoio ao Cuidador (800 24 22 52). 

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