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Autárquicas 2025

Seis candidatos disputam a liderança de Santo Tirso

Depois de mais de 40 anos de domínio político, o Partido Socialista tenta manter a liderança num território que, ao longo dos últimos anos, consolidou uma tendência de voto estável à esquerda, enquanto as restantes forças políticas procuram contrariar esse cenário.

Jornal do Ave

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O concelho de Santo Tirso prepara-se para um novo ciclo eleitoral a 12 de outubro, com seis candidaturas confirmadas à Câmara Municipal. Depois de mais de 40 anos de domínio político, o Partido Socialista tenta manter a liderança num território que, ao longo dos últimos anos, consolidou uma tendência de voto estável à esquerda, enquanto as restantes forças políticas procuram contrariar esse cenário.

O atual presidente, Alberto Costa (PS), recandidata-se para tentar prolongar o ciclo de governação iniciado em 2021, quando foi eleito pela primeira vez, depois de dois anos a assumir o cargo por renúncia do anterior edil, Joaquim Couto. A habitação e a juventude são as prioridades para o novo mandato.

Na oposição, apresenta-se Ricardo Pereira, que lidera uma candidatura conjunta do PSD/IL, Juntos por Santo Tirso, apostando numa coligação liberal-conservadora para recuperar terreno. A candidatura era para ser feita a três, com o CDS-PP, mas divergências de última hora precipitaram a saída dos centristas do acordo. Estes decidiram, então, avançar em nome próprio, tendo como cabeça de lista à autarquia Ana Paula Rocha.

Na esquerda, João Ferreira deixa o assento da Assembleia Municipal de Santo Tirso para tentar o lugar na vereação da Câmara Municipal, com o compromisso de “defender os interesses dos trabalhadores” e construir um concelho “mais justo e solidário”. No mesmo caminho segue António Soares, até agora elemento do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal e agora candidato à Câmara Municipal. É um dos candidatos mais jovens a concorrer nas autárquicas em Portugal e acredita na democracia participativa e humanista, abraçando a candidatura inspirado por um “desejo de progresso e liberdade” e crença de “fazer Santo Tirso um lugar melhor”.

No outro extremo do espectro político surge o Chega e Tiago Silva Matos, candidato à Câmara Municipal, empolgado pelos votos conquistados nas últimas legislativas, no concelho, e convicto de que a expressão do partido será muito maior do que apenas o elemento eleito nas autárquicas de 2021, para a Assembleia Municipal.

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PS reforçou posição e maioria absoluta em 2021

Nas eleições de 2021, o Partido Socialista obteve uma vitória expressiva, consolidando a maioria absoluta com 60,36% dos votos válidos (21.420 votos) e sete mandatos. A coligação PSD/CDS-PP ficou em segundo lugar, com 18,63% (6.612 votos) e dois mandatos.

Na Assembleia Municipal, o PS também dominou, alcançando 56,21% dos votos (19.952 votos) e 17 mandatos, contra 21,16% (7512 votos) e seis mandatos da coligação PSD/CDS-PP. O Bloco de Esquerda obteve 6,71% e dois mandatos, enquanto o Chega alcançou 4,40% e elegeu um representante.

A participação eleitoral foi de 57,27%, com 35.493 votantes entre 61.979 eleitores inscritos.
Entre 2013 e 2021, Santo Tirso assistiu a uma clara consolidação do PS. Em 2013, o partido alcançou 44,96% dos votos e cinco mandatos, subindo para 53,79% em 2017 e reforçando a maioria em 2021. O PSD, que em 2013 registava 32,74%, viu o seu peso diminuir progressivamente até aos 18,63% mais recentes.

A taxa de participação manteve-se relativamente elevada, com 62,05% em 2013, 66,19% em 2017 e 57,27% em 2021, descida que poderá estar associada ao contexto pandémico vivido nesse ano.

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