V.N. de Famalicão
Choques culturais e identidade em cena na nova produção do INAC
Depois da estreia em Itália, em junho, o espetáculo apresenta-se agora no norte do país para duas sessões na Casa das Artes de Famalicão, nos dias 4 e 5 de dezembro, às 21h30.
A digressão nacional de “Eu Quero é Andar de Carrinhos de Choque”, nova criação do INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, prepara-se para novas apresentações. Depois da estreia em Itália, em junho, o espetáculo apresenta-se agora no norte do país para duas sessões na Casa das Artes de Famalicão, nos dias 4 e 5 de dezembro, às 21h30.
O INAC descreve esta criação como “um delírio de corpo e voz, um rito atual onde o nudo e o absurdo se entrelaçam, desfazendo as fronteiras entre o sagrado e o profano”. A proposta cénica parte de uma releitura da tradição, que aqui surge tratada não como memória estática, mas como algo em permanente tensão. No próprio texto do instituto, o espetáculo é caracterizado como uma reflexão “sobre a identidade não como uma essência estática, mas como um campo de resistência onde memórias coletivas e desejos individuais colidem”.
A metáfora dos carrinhos de choque assume centralidade. Segundo o INAC, “os carrinhos de choque não são apenas metáforas de colisão e deslocamento, são um desejo desenfreado pela existência que convida o público a um transe onde os sentidos se dissolvem, a realidade se fragmenta e o tempo parece suspenso num fluxo hipnótico de imagens, sons e sensações”.
Com direção artística de Bruno Machado, o elenco integra Fabíola Augusta, Maurício Jara, Só Filipe e Tjaša Dobravec, que assinam igualmente a cocriação. Os quatro intérpretes trabalham uma linguagem simultaneamente ancestral e popular, questionando a forma como as tradições moldam comportamentos, reforçam identidades e criam fronteiras simbólicas entre comunidades. O comunicado sublinha ainda que, num contexto global marcado por tensões e deslocamentos, o espetáculo convoca o público para ponderar “os choques culturais, os limites da tradição e a construção da identidade”.
A 19 de dezembro, a produção segue para o Teatro Garcia de Resende, em Évora.
Além das apresentações deste mês, o INAC já anunciou datas para 2026: o Teatro Municipal de Bragança acolherá o espetáculo a 31 de janeiro; Montemor-o-Novo recebe a criação a 14 de fevereiro; e Coimbra, através d’O Teatrão, apresentá-la-á a 28 de fevereiro.
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