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Decana das enfermeiras obstetras de Famalicão homenageada

Jornal do Ave

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Miquelina Peixoto é a primeira homenageada de um projeto comunitário, que está em “fase de incubação” em Vila Nova de Famalicão. A decana das enfermeiras obstetras do concelho é assim a protagonista do primeiro ato de “salvaguarda, promoção e valorização da memória enquanto fator identitário, tanto de uma pessoa como de uma família ou comunidade” deste novo projeto, que apadrinha.
A homenagem vai realizar-se a 28 e 29 de setembro, por ocasião do 86.º aniversário da enfermeira e ficará marcada por uma missa de ação de graças na nova Igreja Matriz da cidade de Famalicão e um jantar, no dia 28, e a plantação de uma oliveira, no Parque de Sinçães. A última ação será realizada na manhã de 29 de setembro, durante o Passeio da Memória, o principal evento anual da Associação Alzheimer Portugal, instituição com quem os promotores da homenagem estão a colaborar.
A caminhada tem fins solidários e inicia às 9 horas, no Parque da Devesa, junto ao aparcamento automóvel do Citeve


Terá ajudado 6000 pessoas a nascer

Segundo o núcleo de promotores da homenagem, Miquelina Peixoto foi a primeira profissional de enfermagem legalmente habilitada a prestar assistência a grávidas antes, durante e após o parto do concelho. Durante mais de quatro décadas, no antigo posto médico da sede do concelho e nas Casas do Povo de Ruivães e Requião, sem salário e apenas a troco das quantias necessárias para os transportes, aconselhava e vigiava grávidas e recém-nascidos, dava injeções e vacinava.
Ainda segundo os promotores, Miquelina Peixoto “perdeu as contas” ao número de grávidas, parturientes, nascituros e crianças a quem valeu, por “todo o concelho e não só”, uma vez que “nunca negou auxílio a ninguém” e foi “várias vezes chamada para Celeirós, Minhotães e Trofa”, por exemplo. No entanto, estimam, apoiados por dados Pordata, que mais de 6000 bebés, a maior parte deles nascidos no domicílio dos pais, tenham sido amparados pela enfermeira famalicense quando vieram ao mundo. “Descontadas férias e folgas, dá mais do que um por dia. Mas tive dias em que não parava, com quatro e cinco partos”, assinala a D. Miquelina Peixoto.
Nos últimos anos da sua vida profissional, e a pedido dos respetivos responsáveis, esteve ao serviço dos idosos do Lar Jorge Reis da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Famalicão, em Gemunde.

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