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Irmãos Figueiredo correram para 8 medalhas

Jornal do Ave

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Os famalicenses Davide e Joaquim Figueiredo conseguiram arrecadar oito medalhas no Campeonato do Mundo de Masters, que decorreu de 4 a 16 de setembro, em Málaga, Espanha. CÁTIA VELOSO

Davide Figueiredo não levou muita expectativa na bagagem que levou para Málaga, onde participou no Campeonato do Mundo de Masters de Atletismo. Mas a verdade é que o atleta famalicense fez um brilharete e no regresso a casa trouxe na bagagem nada mais nada menos do que cinco medalhas.

A participação na competição foi encarada como uma “preparação de pré-época” para 2018/2019, preparando-se porém, durante o mês de agosto, para estar “na melhor forma” em Málaga. O trabalho realizado acabou por dar frutos e na primeira prova, o cross de oito quilómetros, conseguiu o 2.º lugar em M45, com um tempo de 25 minutos e 30 segundos, ficando atrás do queniano Peter Bii (24:08 minutos). Seguiram-se os dez quilómetros e mais uma medalha. Desta feita, a de bronze, com uma prova em 32 minutos e 10 segundos, a um minuto e dez segundos de Bii.

Mas o ponto alto aconteceu no domingo, 16 de setembro, com o “ouro” conquistado na meia-maratona, com um tempo de 1:11:32 horas, à frente do espanhol Elias Cabral (1:13:07 horas) e do bielorrusso Henadzi Zhauronak (1:13:34). “Foi a prova onde tive mais dificuldade. É a corrida na qual mais me identifico, mas tive uma primeira parte muito forte para ter uma distância de conforto em relação aos adversários e na parte final paguei pelo esforço. Só que era quase impensável perder o ouro e a parte psicológica foi fundamental para cortar a meta com ritmo moderado”, contou em entrevista ao JA.

Davide Figueiredo relatou ainda que “o momento mais marcante” foi a entrada no Estádio Cidade de Málaga, ao dar a volta à pista para a meta e “sentir que ia ser campeão do Mundo”. “Mas há outro momento que fica tatuado para a vida, que é o de ser chamado ao pódio e ouvir o hino nacional”, acrescentou.

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Esta conquista teve um sabor ainda mais especial por assinalar a revalidação do título, conquistado em 2016.

A estas medalhas, o atleta junta ainda as de prata que conquistou coletivamente no cross e na meia-maratona.

Joaquim Figueiredo também trouxe medalhas

Os dotes desportivos estão no ADN da família Figueiredo. Joaquim, irmão de Davide, também participou no Campeonato do Mundo de Masters e arrecadou medalhas. A ida a Málaga nem começou bem para o atleta do S. Salvador do Campo, que ficou doente. “Ganhei uma infeção na garganta e nos ouvidos e ainda me questionei se valeria a pena participar. E como não podia tomar qualquer medicamento, devido aos controlos antidoping, desanimei, mas consegui encontrar um médico que me ajudou”, relatou.

Ganhou força anímica para competir e nos dez mil metros conseguiu garantir o pódio em M50, com 33:42 minutos e o dissabor de perder o 2.º lugar “em cima da meta” para o holandês Edo Baart. “Não me apercebi que o adversário estava perto e ele aproveitou para me ultrapassar”, contou.
Nos cinco mil metros em pista, Joaquim Figueiredo não tinha grandes expectativas, devido à forte concorrência, mas a ida ao pódio na outra prova deu-lhe ânimo. À passagem dos dois mil metros, “quando os dois melhores arrancaram”, Joaquim decidiu “arriscar”, conseguindo mesmo garantir o 3.º lugar (15:51.64 minutos) e mais uma medalha.

Na meia-maratona, distância em que não é especialista, Joaquim Figueiredo pensou mais no resultado coletivo e conseguiu o 4.º lugar na geral (1:16:03 horas). Coletivamente, conseguiu o ouro.

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