Arrancou a obra para a nova Casa Mortuária de S. Martinho do Campo

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Na noite de 3 de dezembro, a população de S. Martinho do Campo ficou a conhecer o projeto da nova Casa Mortuária.

A apresentação teve lugar no salão nobre da Junta de Freguesia e serviu para esclarecer a população sobre as mudanças decorrentes dos trabalhos, que iniciaram já esta quarta-feira, com a montagem do estaleiro, seguindo-se a demolição da atual capela mortuária.

Em declarações ao Jornal do Ave, Marco Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo, destacou a relevância do projeto e os benefícios que a nova Casa Mortuária trará para a comunidade. “Esta obra não é apenas a construção de um novo edifício, mas sim uma transformação completa da zona, que inclui o espaço entre o salão paroquial, o cemitério, a praça em frente à Junta de Freguesia e a Igreja. Queremos garantir que o espaço seja mais acessível e digno para todos, com uma maior mobilidade e uma nova dinâmica para a área”, explicou o autarca.

A nova Casa Mortuária será construída para substituir a atual capela mortuária, que se revelou insuficiente para a necessidade da freguesia. “O espaço da antiga capela já não era adequado. A falta de circulação e o único ponto de acesso dificultavam o conforto e a dignidade do momento de despedida”, afirmou o presidente da Junta, referindo que a ideia de construir uma nova Casa Mortuária surgiu em 2017, mas acabou adiada devido à prioridade de se construir também uma estrutura similar em S. Salvador do Campo.

Agora, no presente mandato, a obra será finalmente concretizada, graças ao protocolo assinado entre a autarquia local e a paróquia de S. Martinho do Campo. A realização do projeto de arquitetura foi garantida através da arquiteta Carla Garcia, pro bono.

O valor estimado da obra é de cerca de 315 mil euros, sendo a Junta de Freguesia responsável por transferir esse montante para a paróquia, que será a dona da obra, uma vez que é a proprietária do terreno. O projeto será executado pela empresa Brujorca Construções, de Roriz, com um prazo estimado de oito meses.

Marco Cunha também fez questão de agradecer o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, mencionando a importância do financiamento disponibilizado em receitas de capital. “Desde a chegada do doutor Alberto Costa à Câmara Municipal, as juntas de freguesia têm recebido um envelope financeiro sem precedentes para investimentos, com a primeira intenção de acabar com as ruas em terra. Nós assim temos feito e neste momento há duas obras a decorrer, no valor de 150 mil euros, mas à imagem do que aconteceu com a ampliação do cemitério de S. Mamede, o senhor presidente da Câmara autorizou que gastássemos parte dessa verba de capital para outros investimentos que achamos necessários, como a Casa Mortuária. Sem esta ajuda, nunca conseguiríamos realizar esta obra”, destacou.

Durante o período de construção da nova Casa Mortuária, a Junta de Freguesia tomou medidas para garantir o conforto das famílias que precisem de um espaço para as cerimónias fúnebres. “Para quem precisar de utilizar um espaço, temos como alternativa a Capela do Espírito Santo ou da Santíssima Trindade, localizada perto, na Avenida Manuel Dias Machado. Para garantir o conforto da família durante este período, colocámos um contentor climatizado, com ar condicionado e casa de banho, para que as mínimas condições estejam asseguradas”, explicou Marco Cunha.

O pároco de S. Martinho do Campo, Miguel Coelho, também esteve presente na sessão e reforçou a sua colaboração com a Junta de Freguesia, permitindo que as famílias, caso desejem, possam antecipar a chegada do corpo à Igreja duas a três horas mais cedo do funeral, para que ali também se possa fazer o velório.