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Bombeiros Tirsenses presenteados com 2 viaturas no 86.º aniversário (c/video)

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Duas viaturas de combate a incêndios foram os presentes de aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Tirsenses.

“O ano passado disse que tinha os melhores bombeiros do mundo e hoje sinto-me o melhor comandante do mundo, porque vejo tanta gente amiga que se quis juntar a esta festa”. Foi em tom emocionado que o comandante dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, Amadeu Silva, se pronunciou nas comemorações do 86.º aniversário da Associação Humanitária. E como um aniversário não tem o mesmo significado sem presentes, houve quem fizesse questão de presentear os soldados da paz. O parque de viaturas da corporação foi apetrechado com dois veículos de combate a incêndios, um oferecido pelo empresário Altino Osório e outro adquirido pela própria Associação Humanitária. Amadeu Silva quis agradecer “a quem colaborou” na aquisição das viaturas e a quem contribuiu para o dia das comemorações provocasse “o contentamento visível nos rostos dos bombeiros”. Já o presidente da Associação Humanitária, Carlos Oliveira, pegou na deixa de Amadeu Silva para elogiar o altruísmo das mulheres e homens da corporação, num tempo em que, considera, “não é fácil abraçar a carreira de bombeiro”. “Muitas vezes, julga-se que ser bombeiro é ganhar dinheiro e esquece-se que a matriz fundamental desta corporação e de quase todas, no país, é o voluntariado”, frisou Carlos Oliveira, para logo deixar um recado, aproveitando a presença da secretária de Estado da Adjunta da Administração Interna, Isabel Oneto. “Nós somos credores do Estado e muitas vezes acham que as corporações de bombeiros funcionam ao contrário, mas nós não temos de andar de mão estendida nem ao Governo, nem à Câmara, nem a ninguém. No dia em que acharmos que devemos tomar alguma atitude, eventualmente, que não seja a mais condizente, talvez conheçam aquela que é a força dos bombeiros”, sublinhou. A intervenção do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, seguiu o mesmo sentido. O autarca considera imperativo que “o modelo de financiamento dos bombeiros seja claro e transparente” para que as instituições “saibam quem é quem e quem paga o quê”. E fez o apelo à secretária de Estado para que “trabalhe no aperfeiçoamento da lei para que todas as corporações possam dizer que o que têm chega para se sustentarem”. E quanto ao apoio municipal, acontece “na medida das possibilidades”, disse Joaquim Couto, que considera que “o posicionamento” da autarquia perante as corporações do concelho “é o mais correto, justo e o possível num momento de crise em que o país se encontra”.

“O bombeiro está a cumprir uma tarefa que cabe ao Estado”

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E a secretária de Estado Adjunta da Administração Interna concorda com os argumentos. Presente na cerimónia, Isabel Oneto sublinhou que a Proteção Civil é “o fator essencial para o desenvolvimento de qualquer país”. A governante referiu ainda as medidas que o Governo já encetou no apoio às corporações, como “a isenção de imposto para veículos operacionais de associações humanitárias e profissionais de bombeiros” e “isenção de taxa moderadora para todos os cuidados de saúde dos bombeiros”. Mas não basta, acrescenta Isabel Oneto, que, reconhecendo que “muito foi feito nos últimos 15 anos”, considera que “deve haver um novo olhar e uma reflexão sobre o que deve ser a Proteção Civil”. “Temos

de reconhecer que cada bombeiro, quando sai do quartel, está a cumprir uma tarefa que cabe ao Estado garantir ao seu cidadão”, frisou, deixando “o agradecimento a todos aqueles que, no corpo ativo, mantêm a abnegação e dedicação a esta causa”.

As comemorações ficaram ainda marcadas pela entrega de medalhas a bombeiros e elementos de órgãos sociais com 5, 10, 15, 20 e 25 anos de serviço à associação humanitária.

 

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