Crónicas & Opinião
Cantinho da Saúde | Julho Amarelo: uma oportunidade para refletir sobre as hepatites virais
As hepatites B e C, em especial, são infeções silenciosas que afetam milhares de pessoas no país e que, sem diagnóstico e tratamento adequados, podem evoluir para doenças crónicas graves, como a cirrose e o cancro do fígado.

Julho é o mês dedicado à consciencialização sobre as hepatites virais, uma campanha que, apesar de originária no Brasil, tem grande relevância para Portugal. As hepatites B e C, em especial, são infeções silenciosas que afetam milhares de pessoas no país e que, sem diagnóstico e tratamento adequados, podem evoluir para doenças crónicas graves, como a cirrose e o cancro do fígado.
Segundo estimativas, muitas pessoas em Portugal vivem com hepatite B ou C sem saber, já que a doença pode não apresentar sintomas durante anos. A hepatite C, conhecida como a “epidemia silenciosa”, é particularmente preocupante pelo seu diagnóstico tardio, que dificulta o tratamento precoce.
Sem tratamento, estas infeções podem causar danos irreversíveis ao fígado, culminando em cirrose e, em casos mais graves, em carcinoma hepatocelular, um tipo de câncer com alta taxa de mortalidade. Além dos impactos na saúde, as hepatites virais acarretam elevados custos para o sistema de saúde e afetam a qualidade de vida dos doentes.
A boa notícia é que a hepatite B pode ser evitada através da vacinação, já integrada no Plano Nacional de Vacinação em Portugal. Para a hepatite C, embora ainda não haja vacina, os tratamentos antivirais disponíveis atualmente curam a doença em mais de 95% dos casos.
O grande desafio é identificar os casos precocemente. Muitas pessoas vivem infetadas sem sintomas e só descobrem a doença quando os danos ao fígado já são avançados, Por isso, a campanha “Julho Amarelo” destaca a importância dos testes de rastreio, sobretudo para grupos de risco, como pessoas que receberam transfusões antes de 1992, usuários de drogas injetáveis e profissionais de saúde.
Além da ação das autoridades, a comunidade tem um papel fundamental na luta contra as hepatites. Falar abertamente sobre o tema, combater o estigma e incentivar familiares e amigos a realizar o rastreio são atitudes que podem salvar vidas.
Para ajudar a prevenir as hepatites virais, é fundamental seguir algumas recomendações básicas:
-Vacinar-se contra a hepatite B, especialmente crianças, profissionais de saúde e grupos de risco.
Ter cuidado com procedimentos invasivos, como tatuagens e piercings, certificando-se que são realizados em locais que respeitem normas rigorosas de higiene.
-Usar preservativo nas relações sexuais para reduzir o risco de transmissão.
-Não partilhar objetos pessoais como láminas de barbear, escovas de dentes ou objetos cortantes.
-Fazer o teste de rastreio, especialmente se tiver fatores de risco ou se não souber o seu estado de saúde.
Para quem já convive com hepatite crónica, o acompanhamento médico regular é essencial. Monitorizar a função hepática e receber o tratamento adequado permite prevenir complicações e manter a qualidade de vida.
O “Julho Amarelo” é, portanto, uma oportunidade para refletir sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento das hepatites virais. Cuidar do fígado é cuidar da vida, e o compromisso de todos é fundamental para garantir um futuro mais saudável para a comunidade.
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