Santo Tirso
Centro Hospitalar internou mais de 1250 doentes Covid no último ano

A 20 de março de 2020, foi internado o primeiro doente Covid no Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). A partir dessa data e até 20 de março deste ano, tiveram ordem de internamento mais 1252 pessoas, a maior parte – 1083 – entre 1 outubro e 28 fevereiro.
Estes dados, fornecidos pelo administrador do CHMA, mostram que o inverno foi, especialmente, difícil nas unidades hospitalares de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso. Depois de chegar aos 40 internados na primeira vaga, a curva de contágio foi diminuindo até à alta do último doente, a 2 de junho. O verão “foi tranquilo”, sem nunca ultrapassar a dezena de internados. Mas a segunda vaga trazia muitas dificuldades.
“A 10 de outubro, tínhamos nove doentes Covid internados. Quinze dias depois, tínhamos 52 e mais 15 dias passados, a 7 de novembro, eram já 91 as pessoas internadas nos dois hospitais. Em menos de um mês o nosso plano de contingência tinha sido largamente ultrapassado e o número de doentes continuava a aumentar”, relatou, num podcast do município de Vila Nova de Famalicão.
O mês de novembro, diz, “foi horrível”, porque obrigou a administração a tomar a decisão de transferir doentes. “Apesar de termos reduzido a cirurgia convencional aos casos urgentes, já não encontrávamos onde internar tantos doentes. Tínhamos acrescentado mais 50 camas, que, ainda assim, não chegaram”, declarou.
“Foi um ano dramático pelos óbitos precoces que não teriam ocorrido não fosse esta inesperada pandemia”António Barbosa, administrador do CHMA
Com situação semelhantes nas outras unidades hospitalares da região, a administração do CHMA recorreu a outras regiões. Houve doentes transferidos para “Coimbra, Leiria e Lisboa”. Este recurso “tornou-se numa tarefa quotidiana até há um mês”, contou António Barbosa, revelando que, “em quatro meses”, foram transferidos “mais de 250 doentes Covid e Não Covid, sobretudo para hospitais privados e do setor social”.
Ainda assim, com a terceira vaga, o CHMA chegou a ter “120 doentes Covid internados em simultâneo”.
Do último ano, António Barbosa destacou ainda os 37 mil testes Covid feitos, 25 mil dos quais nos últimos cinco meses, e os mais de 16 mil utentes atendidos por suspeitas de infeção.
“As linhas assistenciais mantiveram-se sempre em atividade plena, por isso as nossas listas de espera para consulta e cirurgia estão dentro dos tempos regulamentares”, sublinhou, sem deixar também de dar uma palavra de agradecimento aos profissionais do CHMA. “Esta organização, aparentemente pesada, revelou-se capaz de uma grande adaptação, ajustando-se, semanalmente, às necessidades de resposta à pandemia”, asseverou.
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