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Clube de robótica alarga horizontes para inserção profissional

Jornal do Ave

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EB 2/3 de Ribeirão, Forave e Continental uniram-se para criar um clube de robótica. O projeto, que funciona no estabelecimento público, conta já com 20 participantes e vai estar representado na Robot Party, em Guimarães.

Lígia e Pedro fazem parte do grupo de 20 alunos do 3.º ciclo da EB 2/3 de Ribeirão que compõem o recente clube de robótica. Numa das salas da escola, manuseiam ferramentas e placas eletrónicas que, mais tarde, se transformarão num robô. Perante a curiosidade dos jornalistas, Lígia vai explicando, timidamente, que está a “soldar os componentes à placa principal”, e Pedro complementa que “é preciso saber qual é a parte positiva e negativa de cada componente”.

Ainda numa fase precoce do projeto, os jovens confessam que a área que, na teoria, lhes captou atenção continua a ser apetecível na prática. O resultado poderá ser visto na Robot Party, que se realiza ente 7 e 9 de março, em Guimarães.

A participação dos jovens no evento é possível graças ao patrocínio cedido pela empresa Continental, que ainda ofereceu os kits de robótica. Mas a parceria faz-se a três, com a escola profissional Forave a associar-se através do apoio dado por docentes e alunos tutores.

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Elsa Carneiro, diretora do Agrupamento de Escolas de Ribeirão, explicou que, “percebendo o interesse dos alunos na área das tecnologias e da robótica”, o projeto faria sentido mas só se conseguiria materializar com o apoio de parceiros. “A Forave e a Continental acederam desde o primeiro momento e eu estou muito agradecida”, acrescentou a responsável, que vaticinou a abertura do clube aos alunos do 2.º ciclo no próximo ano letivo.

Através da parceria, a Continental consegue, além de fazer valer a política de responsabilidade social, contribuir para a criação de valor profissional que pode enriquecer os recursos humanos da empresa no futuro. “Precisamos de técnicos todos os anos”, sublinhou Pedro Carreira. O administrador da empresa sediada em Lousado confirmou o aumento da representatividade “da automação” e mostrou-se “preocupado” pelo facto de o avanço tecnológico não estar a ser valorizado pelas escolas.

A FORAVE, com cursos ligados à eletrónica e eletromecânica, associou-se ao projeto, cedendo o conhecimento através dos docentes e alunos tutores. A diretora Manuela Guimarães evidenciou as vantagens do projeto: “A capacidade de estarem em equipa, de partilharem e de serem criativos. Ao adicionarmos a componente tecnológica, eles abrem algumas portas para a orientação vocacional”.

O projeto está a dar os primeiros passos e foi dado a conhecer publicamente através do roteiro pela Inovação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Paulo Cunha, presidente do executivo, não escondeu a satisfação pela abertura da Continental para apoiar o desenvolvimento deste projeto noutros agrupamentos de escolas. “Trata-se de dar uma nova competência no contexto da aprendizagem que é vital para que os jovens tenham uma perspetiva o mais alargada possível acerca da sua inserção profissional e ponham dentro do seu portefólio estas competências mais técnicas, para que o concelho possa continuar a ser tão competente como até agora”, atestou.

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