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Construtora famalicense vai dar nova vida ao Teatro de Variedades do Parque Mayer

Jornal do Ave

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O Teatro de Variedades, no Parque Mayer, vai ser alvo de uma profunda obra de reabilitação e reconstrução, a cargo da empresa de construção famalicense Gabriel Couto. O contrato de adjudicação já foi assinado e prevê uma empreitada de cerca de cinco milhões de euros e um prazo de execução de um ano e meio.

O projeto, assinado pelo arquiteto Manuel Aires Mateus, dá à construtora mais créditos ao valor pelo qual já é reconhecida no campo da requalificação e reabilitação urbanas.

Incluída na área do Plano de Pormenor do Parque Mayer, a requalificação do Teatro Variedades está assente num conceito de intervenção global de forma a reabilitar os espaços principais e completá-los com uma nova envolvente funcional, compreendendo o exterior, acessos e áreas técnicas de apoio.

O Teatro Variedades, classificado no Conjunto de Interesse Público municipal da Avenida da Liberdade, foi inaugurado em 1926 e trouxe-se a segunda casa de espetáculos, a seguir ao Teatro Maria Vitória, do recinto que viria a ser conhecido como Parque Mayer. Espetáculos de revista e de teatro celebrizaram este palco, por onde passaram nomes como Vasco Santana, Beatriz Costa, Vasco Morgado, Raul Solnado, Eunice Muñoz, José Viana, entre outros.

Quarenta anos após a abertura, o Teatro de Variedades foi afetado por um incêndio, tendo sido recuperado e, já na década de noventa, após ter sido alvo de uma renovação do seu interior, serviu de palco para o programa semanal “Grande Noite”, que o encenador Filipe La Féria gravou para a RTP1. Ainda antes do início do novo século acabou por fechar.

Com um edifício que “apresenta algumas fragilidades construtivas”, o Teatro de Variedades vai ser alvo de uma empreitada, que passará pela “demolição dos anexos precários e exíguos construídos em torno do edifício original, das lajes adicionadas dentro da sala de espetáculos e do foyer de entrada, bem como o desmonte da cobertura”. “Os acessos laterais à plateia existentes serão substituídos e serão utilizados novos materiais na nova construção. Nesta alojar-se-ão acessos verticais e de emergência, instalações sanitárias, camarins, bastidores, gabinetes de administração, bar e áreas técnicas das instalações especiais”, explicou fonte da construtora famalicense.

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Está ainda prevista a “ampliação e remodelação das instalações existentes, através da recuperação e reabilitação da sua sala principal e do palco, da construção de uma nova envolvente às mesmas e uma intervenção total na cobertura”.

No site da Câmara Municipal de Lisboa, que detém a empresa municipal adjudicatária – Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M., pode ler-se que “o Plano de Pormenor do Parque Mayer pretende devolver ao usufruto dos lisboetas o local mítico, lúdico e de cultura, que este espaço representa e criar novos espaços culturais, reconverter o Variedades e construir um novo Auditório”.

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