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Construtora Gabriel Couto moderniza posto fronteiriço na Estrada Pan-americana

Jornal do Ave

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A empresa de construção famalicense Gabriel Couto está a realizar uma obra de 15 milhões de euros para modernizar o posto fronteiriço El Amatillo, em El Salvador.

Segundo fonte ligada à empresa, a empreitada está a ser realizada numa região “onde grande parte do transporte de mercadorias se realiza por via terrestre” e situa-se “na Estrada Pan-americana que rasga o continente americano do gélido Alasca ao extremo Sul”.

O objetivo desta obra é aumentar o fluxo de mercadorias, com impacto na balança comercial, no âmbito da Estratégia Centro-Americana de Facilitação do Comércio e Competitividade. “Na atualidade, atravessar a fronteira pode levar oito horas, mas com este investimento o tempo será reduzido para uns miraculosos 30 minutos”, descreveu a empresa.

A obra visa “construir vários edifícios administrativos e técnicos, executar obras exteriores associadas e também implementar um sistema tecnológico de controlo de gestão integrada dos movimentos fronteiriços”.

A empreitada é financiada pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da agência bilateral de ajuda externa Millennium Challenge Corporation (MCC), e do respetivo programa implementado em El Salvador denominado Fomilenio II.

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Recentemente, a Gabriel Couto esteve envolvida em obras financiadas por esta mesma entidade, em Moçambique e na Zâmbia.

Na América Central, a empresa famalicense conta ainda no portefólio com “um projeto de reabilitação rodoviário” nas Honduras, no valor de 85 milhões de euros, e com uma “empreitada de infraestruturas hidráulicas e saneamento” na Nicarágua, de cinco milhões de euros.

Para Tiago Couto, diretor da construtora e responsável pelos projetos internacionais e de infraestruturas, esta obra em El Salvador “tem um peso especial, não tanto pelo valor pecuniário, mas essencialmente por se tratar da entrada num novo país da América Central, que encontra na União Europeia e nos Estados Unidos, parceiros estratégicos para financiamentos que garantam o desenvolvimento desta região”.

Nesta perspetiva, a Gabriel Couto mantém-se atenta à possibilidade de incrementar este tipo de investimentos, não só na zona central do continente americano, mas especialmente em toda a América Latina, pois “são mercados de concorrência saudável e menos agressivos do que em outras geografias”, observa Tiago Couto, que nomeia como alvos a Bolívia, a Costa Rica e a Colômbia.

A Gabriel Couto, no mercado há 71 anos, com atividade em Portugal, em África (Angola, Moçambique, Senegal, Zâmbia e Suazilândia), e na América Central (Honduras, Nicarágua e El Salvador), ocupa o 7.º lugar do ranking no setor em Portugal.

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