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Covid-19. Profissionais de saúde usaram sacos de plástico como proteção no hospital de Santo Tirso

Jornal do Ave

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No Centro Hospitalar do Médio Ave, na manhã desta terça-feira, houve enfermeiros e assistentes operacionais que usaram sacos de plástico na cabeça e nas pernas como proteção para tratar doentes que aguardam resultados de testes à covid-19, noticia o Expresso.

“Metemos um saco na cabeça por cima da máscara, da touca e dos óculos e enfiamos um saco grande em cada perna que depois apertamos na coxa com adesivo”, detalha uma profissional de saúde do referido centro hospitalar.

Esta situação ocorreu na unidade de Medicina, em Santo Tirso.

Questionada porque estavam os profissionais a usar sacos de plástico, a profissional afirmou que se prendeu com o facto de não haver material de proteção no início do turno da manhã, às 8h00, e terem, entre mãos, vários casos suspeitos no serviço. E ainda acrescentou que estes profissionais vestiram duas batas, “uma em cima da outra, para reforçar a capa de proteção”.

O SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Entidades com Fins Públicos, confirma ter recebido denúncias destes casos e a delegada Célia Moura acrescenta que “a falta de material tem sido recorrente”.

Já a Associação Portuguesa de Enfermeiros afirma não ter recebido qualquer denúncia deste centro hospitalar, mas Lúcia Leite não estranha que isto aconteça em Santo Tirso ou noutros hospitais do país. “Estamos numa situação dramática, sem equipamentos, nem proteção, a tentar recorrer a todas as soluções possíveis e a pedir ajuda para termos material de proteção individual. Não há”, afirma.

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Contactada pelo Expresso, a administração do hospital nega a falta de material de proteção: “o CHMA não teve, até ao momento, qualquer rutura de stocks de EPI’s (equipamento de proteção individual) e está a ser abastecido por fornecedores próprios e pela ARSN”.

“Foi publicado internamente um conjunto de regras para utilização de EPI´s que respeita as orientações das entidades superiores e que está a ser respeitado”, acrescenta.

Quanto à inciativa dos colaboradores ao recorrerem aos plásticos e afins, a administração assegurou ainda que “não foi dada nenhuma orientação nesse sentido” e, por isso,”desconhecemos qualquer caso de enfermeiros e assistentes operacionais que utilizem sacos de plástico para proteção. Insistimos que há regras para a utilização de EPI´s e que estão a ser cumpridas”.

Fonte executiv digest

Foto jornal expresso

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