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V.N. de Famalicão

Descobrir a Primeira Grande Guerra através da Leitura

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Biblioteca Municipal de Famalicão desafia jovens para o uso do livro

Em 1914, enquanto a Europa se lançava para uma guerra destruidora que mudou a vida de milhões de pessoas e que alterou para sempre o curso da história, em Portugal decorria uma exposição de flores, assistia-se a teatro e a jogos de futebol. Era assim o nosso país no primeiro ano da guerra. Isso mesmo retrata o livro “1914, Portugal no ano da Grande Guerra”, do jornalista e escritor Ricardo Marques, que esteve nesta segunda-feira, na abertura da 6.ª Semana da Leitura da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão. A sessão contou ainda com as presenças do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, do Comandante da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim, Coronel Rui Lopes e do Coordenador Interconcelhio das Bibliotecas Escolares, António Pires.

O assunto vai estar em debate em Famalicão até ao dia 10, como tema central adotado pela Biblioteca Municipal para a 6.ª Semana da Leitura, nomeadamente da sua repercussão nas obras literárias. A Semana da Leitura é uma iniciativa lançada anualmente pelo Plano Nacional de Leitura e que se centra, este ano, no tema genérico Palavras do Mundo.

Falando diretamente para uma plateia repleta de jovens, o escritor Ricardo Marques salientou a importância da leitura. “Quanto mais lerem, quanto mais souberem, melhor conseguem compreender o mundo e olhar para as mesmas coisas que todos nós e verem coisas diferentes”. Ricardo Marques que é também jornalista do “Expresso” verificou ainda que todos os alunos ali presentes tinham facebook e smartphone, no entanto, só dois tinham livros não escolares na mochila. “O importante é lerem muito em qualquer plataforma”, afirmou o jornalista.

A mesma ideia foi transmitida pelo presidente da Câmara Municipal, que destacou que“só através da leitura criamos melhores cidadãos, mais bem informados e mais empenhados”.

Paulo Cunha elogiou o trabalho desenvolvido pelas bibliotecas do concelho, salientando que a autarquia também tem um papel importante a desempenhar no estímulo da leitura.“Queremos aproveitar todos os serviços existentes para promover o livro e estimular a leitura, pois a leitura não deve ser apenas uma obrigação escolar, mas um hábito resultado da curiosidade e do desejo de saber mais”.

Dirigindo-se aos alunos presentes no evento, o autarca disse que “a leitura é a melhor forma de viajar no espaço e no tempo”.

Coube ao coronel Rui Lopes, comandante da Escola Prática de Serviços abordar o tema da Guerra. “É fundamental que os jovens percebam o contexto mundial e nacional em que se desenrolou a I Guerra a qual marcou o desaparecimento dos impérios e a afirmação de novas nacionalidades”, o que só é possível através da leitura.

Apresentação de livros, oficinas, sessões de contos, cinema, entre outras iniciativas marcam a Semana da Leitura em Famalicão, que junta a Biblioteca Municipal, os diversos agrupamentos de escolas e as bibliotecas escolares.

EXPOSIÇÃO RETRATA PRIMEIRA GRANDE GUERRA

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A cerimónia de abertura da Semana da Leitura ficou ainda marcada pela inauguração da exposição evocativa do centenário da Primeira Grande Guerra organizada e concebida pela Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim.

Patente no átrio da Biblioteca até ao próximo dia 14 de março, a mostra “trata sobretudo do conjunto de atividades de apoio logístico indispensáveis para quem estava na frente de combate”, como explicou o coronel Rui Lopes.

Como os soldados se alimentavam, como se fardavam, como se transportavam, como se distraíam, enfim como sobreviviam, são algumas das curiosidades desta exposição.

Para além do incentivo à leitura e ao uso do livro, a iniciativa resulta assim numa autêntica e interessante aula de história.

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