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Empresas famalicenses na ISPO mostram têxtil inovador e sustentável

Jornal do Ave

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Na ISPO as empresas famalicenses dão cartas na sustentabilidade, apresentando os produtos e as matérias-primas têxteis do futuro e associando à inovação, tecnologia, design e moda os conceitos da economia circular.

A Cidade Têxtil de Portugal está representada na maior feira têxtil mundial dedicada ao desporto, que decorre em Munique, na Alemanha, desde ontem e até à próxima quarta-feira, por sete empresas e dois centros tecnológicos. CM Socks, Dune Bleue, Fradelsport, Lusosocks, Oldtrading, Olmac e Scoop, a que se juntam o CITEVE e o CeNTI, integram a comitiva portuguesa de 41 empresas.

Esta é uma participação que a Câmara de Famalicão apoia através da atribuição a cada empresa de um ‘voucher internacionalização’, resultado do protocolo celebrado com a ATP – Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal, como forma de impulsionar a sua competitividade e internacionalização.

“São empresas que representam o que de melhor se faz em Portugal na indústria têxtil e do vestuário de elevada tecnicidade para o segmento de desporto”, explica o Vereador dos Pelouros da Economia e Internacionalização, Augusto Lima, que está também de visita à ISPO, lembrando que os têxteis técnicos famalicenses representam já 156 milhões de euros de exportações.

Mas não é só a tecnologia e a inovação que dominam o certame. “As empresas famalicenses vieram à ISPO exibir também a sustentabilidade dos seus produtos, demonstrando assim uma preocupação cada vez maior com a responsabilidade social e ambiental. A sustentabilidade é a aposta de futuro e é muito positivo verificar que há cada vez mais empresas a abraçá-la”, refere Augusto Lima.

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Esta segunda-feira, os Secretários de Estado da Economia, João Neves, e da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, visitaram os expositores portugueses na ISPO. A participação nacional é organizada pela Associação Selectiva Moda em parceria com o CITEVE.

Apostas das empresas famalicenses

A Lusosocks estreia-se na ISPO e logo para apresentar uma nova marca de peúgas, “inovadora e com produtos diferenciados do mercado e da concorrência do setor”, diz Miguel Campos. A empresa vai também apresentar um novo artigo patenteado e já premiado pelo júri da ISPO.

Já a CM Socks volta a apostar na ISPO, depois de se estrear em 2019, sobretudo para dar a conhecer a meia Prevent Sprain, que previne entorses e cuja tecnologia está patenteada em 143 países.

O mesmo sucede com a Fradelsport que, na sua segunda participação, aposta na apresentação de uma coleção ecológica para a modalidade de running, “com tecidos sustentáveis e linhas produzidas através de um polímero reciclado de flocos de garrafa de plástico, numa parceria com a famalicense Crafil”, explica Paulo Reis, sócio-gerente.

Especializada no vestuário sem costuras, o chamado seamless, a Oldtrading está igualmente focada no futuro sustentável, expondo artigos que foram produzidos com fios reciclados, a partir de resíduos plásticos (redes, garrafas e outros) recolhidos no fundo do mar. “Os mercados e clientes do Norte da Europa são muito sensíveis à defesa e proteção do ambiente”, lembra Rui Gordalina, CEO da Oldtrading.

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Especialista em meias técnicas, a Dune Bleue tem vindo a reforçar a sua presença em eventos internacionais. E na ISPO dá a conhecer as novas meias produzidas com fio reciclado proveniente dos resíduos recolhidos nos oceanos. “São artigos de valor acrescentado, graças a uma combinação vencedora entre o know-how da empresa e a confiança estabelecida com os nossos parceiros”, sublinha Ricardo Faria, CEO da empresa.

A Olmac tem apostado no private label e na ligação a marcas de luxo associadas à moda com sofisticação técnica. “Sustentabilidade, pegada ecológica, responsabilidade energética. Conceitos na mente de muitos, realidade na Olmac”, aponta Olímpio Miranda, CEO da empresa, que dá a conhecer na ISPO novos artigo “mais em harmonia com a natureza e o ambiente. Responsabilidade de todos e de cada um”.

Recentemente reconhecida pela ONU pelas suas boas práticas empresariais, a Scoop levou para a ISPO o Musgo, o casaco tecnológico 100% português dotado de iluminação inteligente com fibras óticas, e outros artigos “altamente técnicos, mas que usam materiais ecológicos oriundos de fibras naturais”, sublinha Daniel Mota Pinto, Diretor de Desenvolvimento de Negócios.

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