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Empresas que não se preocupam com impacto social “perdem na reputação”

A Casa do Conhecimento da Trofa recebeu, esta quinta-feira, uma tertúlia sobre a forma como as empresas e instituições devem encarar a responsabilidade social na comunidade

Jornal do Ave

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A Casa do Conhecimento da Trofa recebeu, esta quinta-feira, uma tertúlia sobre a forma como as empresas e instituições devem encarar a responsabilidade social na comunidade. Esta sessão está inserida num protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal da Trofa e a Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso (ASAS).

“Temos de olhar para o futuro com esperança”, começou por dizer o orador convidado, Carlos Azevedo, atual presidente da direção do IES-Social Business School. “É na esperança que reside a ideia de criar impacto”, acrescenta.

Numa conversa com Gilda Torrão, diretora-geral do ASAS, Carlos Azevedo revelou a crença de que a solução está nos modelos híbridos, onde “todo o tipo de empresas pode criar valor e impacto na sociedade”, e que organizações que não se preocupam com a sustentabilidade e impacto social “acabam por perder na reputação”.

Gilda Torrão admite ser necessário as empresas aprenderem novas formas de atuar, mas vê na Trofa um “concelho com consciência social e empresarial”.

O fundador e antigo presidente da direção da ESLIDER-Portugal (Rede Nacional de Líderes da Sociedade Civil) e da EUCLID-NETWORK (Rede Europeia de Líderes da Sociedade Civil) sabe que é “difícil” alterar práticas instaladas e que, a nível autárquico, é preciso focar em políticas públicas e incentivos, investimento em projetos e infraestruturas de apoio.

O mote da conversa teve por base o conceito de valor partilhado, que foi sintetizado em 2011, pelos professores Michael Porter e Mark Kramer.

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Em declarações ao Jornal do Ave, a presidente do ASAS, Sara Barros, assume ser uma questão social, “não só das Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), mas das empresas e da autarquia”. Com base nisso, o projeto “tem o potencial” de fazer mais algumas sessões: em maio, junho e setembro.

“Vão ser três sessões onde vamos potencializar a discussão, a partilha e este intercâmbio (de ideias) que se pode fazer entre vários parceiros para combater as questões sociais”, adverte Sara Barros.

Também presente na sessão esteve o vereador da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Araújo, que presenteou Carlos Azevedo com um livro dos 25 anos do concelho e com o diamante da Trofa, que simboliza a “excelência, determinação e a capacidade empreendedora”, refletindo as oito freguesias do concelho.

M.C.

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