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Escola Agrícola mostrou rosas e produtos feitos pelos alunos (C/ Vídeo)

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Das clássicas vermelhas às brancas suaves, muitas cores e cheiros compuseram o cenário de mais uma Festa das Rosas na Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento.

Ao longo dos dias 4 e 5 de junho, alunos, professores e funcionários da escola tudo fizeram para bem receber todos os visitantes de uma festa que se realiza há mais de meio século. Esta é uma tradição que faz as portas da escola abrirem-se para toda a comunidade. Segundo o diretor, Carlos Frutuosa, “cerca de 250 variedades” de rosas estiveram expostas, mas milhares de exemplares embelezaram e espalharam cor e cheiro pelo extenso espaço do estabelecimento, desde os imponentes claustros até à adega, onde brevemente sairá a cerveja artesanal, mais um produto feito pelos conhecimentos adquiridos pelos jovens.
Mas não houve só rosas espalhadas por toda a escola. Esta é também uma ocasião para mostrar todos os produtos feitos pelos alunos, desde os hortícolas às bolachas, passando pelos queijos, iogurtes, vinho e licores aos sabonetes e outros artigos decorativos. Estes são resultado do sucesso dos cursos ali ministrados, sendo que o de Produção Agrária é a base do projeto educativo e o que acolhe mais alunos. O tempo veio trazer novidades, como o curso de Turismo Ambiental e Rural, existente “há cerca de 13 anos” e, mais recentemente, “por necessidade de formação no Vale do Ave”, a escola aceitou “o desafio” do Instituto do Emprego e Formação Profissional e abriu turmas nos cursos de Restaurante/Bar e de Cozinha/Pastelaria. Ambos são “um sucesso”. “Produzimos desde a terra até à mesa”, sublinhou Carlos Frutuosa.
A Festa das Rosas encerra outro objetivo que vai para além da simples abertura à comunidade: “O reencontro de ex-alunos”. Carlos Frutuosa explica que esta “é uma escola que tem muitas ligações”, porque “não tem muitos alunos” e contava com “o regime de internato”. “Lembro-me que, há 25 anos, tínhamos cerca de 250 alunos de Trás-os-Montes que vinham, estavam cá três meses e só voltavam a casa no Natal, depois regressavam e faziam o mesmo até à Páscoa e às férias de verão. Esta era uma segunda casa e criavam-se laços muito grandes”, explicou o diretor.
José Mesquita, delegado regional de Educação do Norte, considerou que a exposição das rosas deste ano estava “muito bonita” e felicitou “alunos, professores, funcionários e técnicos” pelo trabalho conseguido.
A representar o município, Tiago Araújo, vereador da Cultura, sublinhou que a festa “é um ponto alto” da escola, que além de promover “um evento cultural”, aproveita para “fomentar o turismo”.

Falta de funcionários continua a ser problema

A polivalência é marca distintiva desta escola, com um projeto educativo onde o saber fazer toma lugar de destaque. Só que não está imune a problemas e um dos que persiste é a falta de funcionários. “Um exemplo está na cozinha. Já tivemos oito funcionários e, atualmente, temos dois e servimos pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar”, contou Carlos Frutuosa.
A escola tem, neste momento, “14 funcionários que são do Instituto do Emprego e que podem sair ao fim de um ou dois meses”. “Isto não é maneira de trabalhar. Os quadros estão fechados em quase todos os ministérios, mas penso que, no que respeita às escolas, o Governo terá de rever essa situação num futuro próximo”, vaticinou.

 

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