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Famalicão compromete-se pelo clima

A Lei de Bases do Clima obriga os municípios a definir um Plano Municipal de Ação Climática até fevereiro de 2024.

Jornal do Ave

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O município de Vila Nova de Famalicão quer atingir a neutralidade carbónica até 2050 e para isso vai desenvolver, com o contributo da sociedade civil famalicense, um plano ação de combate aos grandes desafios ambientais da atualidade.

Na sessão pública de apresentação do “Roteiro para a Neutralidade Carbónica”, que decorreu na passada sexta-feira, 17 de março, na Praça – Mercado Municipal de Famalicão, o presidente da autarquia convocou toda a comunidade para este desígnio e anunciou, desde logo, a criação de um Conselho Consultivo para as Alterações Climáticas com a participação de empresas, universidades, centros tecnológicos, entre outras entidades.

“Os desafios são enormes e as metas ambiciosas. Precisamos de um plano robusto e completo para atingir este propósito e isso só será possível com o contributo de todos”, referiu Mário Passos.

O autarca lembrou, de resto, que o compromisso com o clima e as questões da sustentabilidade ambiental são cada vez mais uma preocupação no seio da comunidade e apontou o exemplo das empresas locais. “Famalicão é um território muito industrializado. O contributo da indústria na diminuição das emissões de CO2 é muito importante e, através do roteiro Created IN, tenho tido a oportunidade de perceber que muitas empresas têm já uma preocupação ambiental muito forte”.

Refira-se ainda que a elaboração deste plano conta com a colaboração da GET2C, empresa que coordenou o Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica.

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No estudo base elaborado pela consultora conclui-se que as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) do município de Vila Nova de Famalicão mantiveram-se praticamente constantes entre 2015 (656 quilotoneladas de CO2e) e 2021 (657 quilotoneladas de CO2e) e que, de um modo geral, o peso percentual dos setores identificados nas emissões de GEE foi mantido entre 2015 e 2021, destacando-se uma contribuição mais elevada do setor da Energia Estacionária, seguido dos Transportes. O setor AFOLU (Agricultura, Florestas e Uso do Solo) e o dos Resíduos e Águas Residuais são os que apresentam uma menor contribuição para as emissões globais do município.

Recorde-se que o Município de Vila Nova de Famalicão decidiu criar uma equipa de trabalho para acompanhamento da política climática, bem como políticas setoriais com impacto nos objetivos municipais em matéria de descarbonização e alterações climáticas, denominada de Equipa Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas. A coordenação da equipa está a cargo do Vereador do Ambiente, Hélder Pereira.

A Lei de Bases do Clima obriga os municípios a definir um Plano Municipal de Ação Climática até fevereiro de 2024.

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