Famalicão inaugura primeira residência universitária

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No dia em que Vila Nova de Famalicão celebrou quatro décadas com o estatuto de cidade, a autarquia assinalou a data com a inauguração de uma infraestrutura emblemática para o futuro do concelho: a primeira residência universitária. Denominado “Vila”, o novo espaço dedicado ao alojamento de estudantes abre portas no centro urbano, materializando uma ambição de há vários anos e reforçando o investimento no ensino superior.

“A escolha da inauguração da Vila no Dia da Cidade não foi ao acaso”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, durante a cerimónia de abertura. “Hoje, para além de celebrarmos a nossa história, a nossa identidade e o nosso percurso, celebramos também o nosso futuro e apontamos caminho para aquilo que queremos ser: uma cidade aberta ao saber, que cresce e acolhe sonhos. Uma cidade que valoriza os seus jovens, uma cidade de oportunidades para todos.”

Com capacidade para acolher 91 residentes, distribuídos por 53 quartos de diferentes tipologias — incluindo estúdios e quartos adaptados para pessoas com mobilidade condicionada —, a residência foi construída na Praça D. Maria II, no antigo edifício dos serviços municipais de Ambiente, agora reabilitado e ampliado. O investimento global rondou os 5,4 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões foram financiados ao abrigo do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em parceria com a Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação.

Ana Cristina Perdigão, diretora da Agência Erasmus+, destacou na sua intervenção o valor simbólico da localização da nova residência, “por ocupar o coração da cidade e dessa forma trazer os jovens estudantes para o pulsar das realidades sociais e culturais, contribuindo para a sua integração e para uma vivência que vai além da formação académica”.

A “Vila” pretende dar resposta às necessidades habitacionais dos estudantes das quatro instituições de ensino superior com presença em Famalicão — CESPU, IPCA, Universidade do Minho e Universidade Lusíada — bem como aos investigadores ligados a centros como o CeNTI e o CITEVE.

O edifício está equipado com receção, sala de estudo, zonas de convívio e refeições, cozinhas, salas técnicas, áreas de gestão, arrecadação e até garagem/oficina para bicicletas, procurando proporcionar um ambiente de conforto, funcionalidade e integração.

A primeira fase de candidaturas ao alojamento decorre até 31 de julho, dirigida a estudantes deslocados com bolsa de estudos, matriculados em cursos de licenciatura, CTeSP ou mestrado nas instituições de ensino sediadas no concelho. Os candidatos poderão concorrer a vagas para o ano letivo 2025/2026.