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Festival MEO Marés Vivas 2015 Reportagem

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Nos dias 16, 17 e 18 de Julho, a praia do Cabedelo encheu-se para receber a 13ª edição do MEO Marés Vivas. 90.000 pessoas, 26 concertos e várias surpresas fizeram desta “a melhor edição de sempre”, segundo a organização.

Mas nem só de música se fez este festival nortenho. A Fundação Mandela associou-se à APELA, que presta auxílio a doentes com Esclerose Lateral Amiotrófica, numa angariação de fundos em jeito de comemoração do Dia Internacional de Nelson Mandela (18 de Julho). A promotora do evento, PEV Entertainment,e a Câmara Municipal de Gaia juntaram-se também a esta causa, relembrando a importância de apoiar causas sociais.

O Palco Santa Casa, este ano com nova localização, inaugurou com a atuação de Diana Martinez & the Crib e com o hip hop portuense de Capicua. Já no Palco MEO, os também portuenses Blind Zero abriram as hostes com temas dos seus 20 anos de carreira. Seguiu-se o britânico John Newman e o seu tão esperado single Love Me Again. John Legend levou o público ao rubro com P.D.A. (We Just Don’t Care), You and I e All of Me, culminando concerto, último espetáculo da European Festival Tour, com o tema vencedor do óscar de melhor canção original, Glory, do filme Selma. A noite contaria ainda com a energia contagiante do nome maior do reggae nacional, Richie Campbel. No Palco Moche, o DJ D-One, Maze e Nitronious continuaram a festa da música até às 6h da manhã.

       

O dia 17 começou com uma performance inesperadamente sensual de Koa. Mais tarde, Jimmy P chegou e conquistou a atenção de todos. O rapper não escondeu a emoção por estar a jogar em casa com a sua “family” e partilhou com o público a vontade de voltar numa próxima edição do MEO Marés Vivas para uma atuação no palco principal. O Palco MEO abriu com Kika, que se estreou no festival da sua terra natal. De seguida, Miguel Araújo trouxe temas bem conhecidos do público, que o acompanharam em Dona Laura, Balada Astral, Os Maridos das Outras e ainda numa versão de Pica do 7, que o cantor escreveu para o amigo António Zambujo. Lenny Kravitz, o mais esperado da noite, fez-se acompanhar de uma banda igualmente genial que deu música de sobra entre êxitos como Are You Gonna Go My Way, American Woman e Again. O artista não poupou nos elogios à cidade do Porto e ao seu povo, fazendo a delícia de todos ao revelar que se imaginaria a viver por cá. A noite terminou da melhor forma com Buraka Som Sistema a arrancar poeira do chão do Cabedelo, numa explosão de energia electrizante que a todos fez dançar. Hangover (BaBaBa), We Stay Up All Night e Kalemba (Wegue Wegue) deliciaram o público que se rendeu à irreverência do kuduro e às habilidades da bailarina e MC do grupo, Blaya. Slimcutz e Dogz United desafiaram os mais resistentes que se juntaram no Palco Moche.

O último dia de MEO Marés Vivas abriu com a recente boys band Like Us e com Deau, rapper portuense que conta já com 10 anos de rimas. No Palco MEO, o soul dos The Black Mamba fez aquecer os motores com It Ain´t You e Wonder Why. A madrinha da edição deste ano, Ana Moura, subiu ao palco com Búzios, Desfado e Valentim de Amália Rodrigues num tom alegre que provou que o fado também pode ser música de festival de verão. Jamie Cullum foi o homem das baquetas na mão, dos pés sobre o piano, do tambor ao peito e dos dotes de beatbox. Num concerto no mínimo alucinante ouviu-se Everything You Didn’t Do, Don’t Stop The Music e Everlasting Love entre covers dos Radiohead (High and Dry), dos The Cinematic Orchestra (To Build a Home) e até de John Legend (Ordinary People). O Palco MEO encerrou em grande com uns The Script incansáveis e genuinamente satisfeitos pela passagem no norte de Portugal. Superheros, The Man Who Can’t Be Moved e Breakeven entoaram no Cabedelo pela voz dos festivaleiros que não arredaram pé até ao último minuto de concerto. Hall of Fame deu corpo a um encore emocionante que fez das luzes de telemóvel estrelas e levou o vocalista Danny O’Donoghue a erguer e abraçar a bandeira nacional com promessas de um regresso para breve.

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Nesta memorável edição de MEO Marés Vivas nem o humor foi esquecido. Entre os concertos do palco principal não faltaram gargalhadas com os momentos de stand up de Luís Filipe Borges, Miguel 7 Estacas, Hugo Sousa, Paulo Baldaia, Ricardo Leite, Fernando Rocha, Pedro Neves, Gabriel Mendes, João Seabra, Joel Ricardo Santos e Pedro Pedrosa, que atuaram no Coreto Caixa, junto à praça de alimentação.

Termina assim mais um MEO Marés Vivas, ficando a promessa por parte da organização de um “até para o ano” marcado para 14, 15 e 16 de Julho de 2016, no mesmo local e com grandes nomes internacionais.

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