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Legislativas de 2025: A viragem política vai continuar nestas legislativas?

Eleições legislativas deste domingo trazem aos concelhos da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso um cenário de disputa apertada, com a AD a desafiar o anterior domínio do Partido Socialista e o crescimento expressivo de forças emergentes como o Chega, num contexto de maior participação eleitoral e volatilidade partidária.

Jornal do Ave

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Este domingo, 18 de maio, os eleitores voltam às urnas para escolher os deputados que vão representar o país na Assembleia da República. Em três concelhos – Vila Nova de Famalicão, Trofa e Santo Tirso – o desfecho da votação vai confirmar uma viragem política já ensaiada nas legislativas antecipadas de março de 2024, em que a AD (este ano numa coligação PSD/CDS-PP e sem o PPM) se destacou como a força mais votada a nível nacional?

Em Vila Nova de Famalicão, a coligação formada por PSD, CDS-PP e PPM obteve uma vitória expressiva nas últimas eleições, alcançando 33,79% dos votos. Este resultado representou um crescimento de 1587 votos face ao desempenho somado do PSD e CDS, em 2022. O PS, por sua vez, sofreu uma queda significativa, perdendo 7589 votos e ficando-se pelos 29,84%. O Chega, com um aumento de mais de 10 mil votos, firmou-se como terceira força política, ultrapassando o PS em várias freguesias, como Gondifelos, Cavalões e Outiz.

Já na Trofa, a AD também conquistou o primeiro lugar, com 34,57%, beneficiando sobretudo da quebra acentuada do PS, que desceu para os 27,4%. O Chega registou um crescimento surpreendente, quintuplicando o número de votos face a 2022 e atingindo os 18,48%. A Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda mantiveram a tendência de subida, enquanto partidos como Livre, ADN e PAN também reforçaram posições. A CDU foi uma das formações mais penalizadas.

Em Santo Tirso, o PS conseguiu manter-se como o partido mais votado, com 33,84%, embora tenha perdido 3591 votos face a 2022. A AD encurtou distâncias, ficando-se pelos 28,85% – uma melhoria face ao sufrágio anterior. Também aqui o Chega protagonizou um salto expressivo, subindo ao terceiro lugar com 15,20%, à frente do Bloco de Esquerda, que perdeu terreno. A IL e o Livre também cresceram, com destaque para este último, que triplicou a votação.

Comparando com os resultados de 2022, o cenário revela uma clara inversão de tendências nos concelhos de Famalicão e Trofa, onde o PS havia vencido confortavelmente. Em Santo Tirso, embora ainda líder, o PS viu o seu domínio ser fortemente abalado. A subida da AD e o reforço de partidos à direita do espectro político, como Chega e IL, mostram um eleitorado mais fragmentado e com menor fidelidade partidária.

Outro dado relevante é o aumento da participação eleitoral. A abstenção diminuiu significativamente nos três concelhos: em Famalicão, caiu para 26,13% (menos 10.747 abstencionistas); na Trofa, desceu para 27,28% (mais 3275 votantes); e em Santo Tirso fixou-se nos 29,02%, com mais 4738 eleitores a exercerem o direito de voto.

Em março do ano passado, foram eleitos deputados dos três concelhos. De Famalicão, Jorge Paulo Oliveira (PSD) e Nuno Melo (CDS-PP) garantiram lugar no Parlamento. O segundo foi, inclusivamente, nomeado Ministro da Defesa. A Trofa viu eleitos Joana Lima (PS) e Alberto Fonseca (PSD), enquanto em Santo Tirso as deputadas Sofia Andrade (PS) e Andreia Neto (PSD) renovaram os seus mandatos.

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Com o novo ato eleitoral à porta, os próximos dias serão decisivos para perceber se a tendência de viragem se consolida e se o mapa político da região sofrerá mais alterações.

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