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MIEC RECEBE “PEDRA E FIO” DE CARLA REBELO

Jornal do Ave

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Pedra e Fio é o resultado da abordagem de Carla Rebelo ao acervo arqueológico do Museu Municipal Abade Pedrosa e às presenças arqueológicas remanescentes no concelho de Santo Tirso que se estendem do Paleolítico à Idade Contemporânea. Exposição inaugura esta sexta-feira, 26 de julho, pelas 19h00, e pode ser vista até 27 de outubro.

Carla Rebelo apresenta no Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) “Pedra e Fio”, composta por um conjunto de esculturas e instalações.O trabalho da artista plástica deixa ver como o seu interesse pelas matérias, o modo como elas se transformam em materiais e depois objetos não é casual, e em como essa atração assenta num interesse pelo processo cumulativo de saberes elaborado no tempo lento e longo da tradição, da sobreposição de culturas, na adaptação e metamorfose da memória coletiva, que marca um lugar e os seus diferentes tempos.

Carla Rebelo sabe que os objetos falam. Que falam dos seus modos de produção, de quem os produziu, para quem foram produzidos. E sabe que descobrir isso é encontrar, em cada tempo, uma construção económica, uma organização social, uma hierarquia política, fortemente enraizada nos processos históricos e suas contradições.

A exposição pode ser vista até 27 de outubro, a entrada é livre.

Biografia

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Carla Rebelo nasceu em Lisboa, em 1973.  É licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUL (2000). Fez formação em Têxteis, Cenografia e Desenho. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 2010/11. Participou em residências artísticas em Portugal e tam­bém na Rússia (2013); Madrid (2012) e em Berlim (2011) e Istambul (2010) na sequência do projeto Viagem ao interior das cidades vividas.

Expõe coletivamente desde 1999. Das suas exposições individuais destacam-se: A Cidade das Tecedeiras, CAAA, Guimarães (2022); Geologia de um lugar, Ga­leria da Casa A. Molder, Lisboa (2022); Segundo o seu próprio tempo, Galeria Diferença, Lisboa (2020); Um momento que se repete continuamente, Galeria Águas Livres 8, Lisboa (2018); Paisagens Privadas, Galeria Diferença, Lisboa (2018); Um Pentágono, um Círculo, oito Livros, Biblioteca de São Lázaro, Lisboa (2017); Marca de Água, Museu do Dinheiro, Lisboa (2017); Becoming Water, Pa­lácio Marquês de Pombal, Oeiras (2016); O destino seguia-nos o rastro como um louco com uma navalha na mão, Museu Nogueira da Silva, Braga (2015); Um movimento quase impercetível que tem a ver com o voo, Galeria Monumental, Lisboa (2014).

Está representada em coleções públicas e privadas das quais se destacam: Cole­ção de Arte Contemporânea do Estado Português; Coleção de Livros de Artista da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian; Centro Arte Contempo­rânea, Málaga; Luciano Benetton Imago Mundi Collection; Museu de História de Kronstadt, São Petersburgo, Rússia; Polish Art Foundation, Melbourne, Austrá­lia; Coleção MG; Coleção Figueiredo Ribeiro.

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