Santo Tirso
Movimento de utentes mobiliza-se contra transferência do Hospital de Santo Tirso (c/ vídeo)
Cerca de uma centena de pessoas manifestou-se contra a transferência de gestão do Hospital de Santo Tirso para a Misericórdia.

Cerca de uma centena de pessoas manifestou-se contra a transferência de gestão do Hospital de Santo Tirso para a Misericórdia. Movimento de utentes promete “continuar a lutar” para que unidade se mantenha na esfera pública e para que seja construído “um hospital de raiz” que sirva a região do Médio Ave.
“A saúde é um direito”. “O público é de todos, o privado é só de alguns”. Foi com estas mensagens estampadas em cartazes que dezenas de pessoas se reuniram, a 8 de fevereiro, junto ao Hospital de Santo Tirso para participar numa tribuna pública para manifestar a oposição à intenção do Governo de transferir a gestão da unidade hospitalar para a Misericórdia.
Rodrigo Azevedo, porta-voz do Movimento de Utentes do Hospital de Santo Tirso, promotor da iniciativa, defendeu que “a privatização do hospital não responde às necessidades da população”, frisando que esta é maioritariamente composta por idosos, com baixos rendimentos e reformas reduzidas. “Temos informação de que, na transferência de gestão para a Misericórdia, haveria uma redução imediata de 25% do investimento no Hospital, o que iria prejudicar as populações”, alertou.
Apesar de o Governo ter garantido que o funcionamento do hospital permanecerá inalterado, Rodrigo Azevedo não acredita no compromisso. “Os próprios profissionais de saúde confirmam que as populações sairão prejudicadas”, revelou, acrescentando que o movimento irá manter a luta, com novas iniciativas já agendadas antes de 31 de março, data em que, alegadamente, será efetivada a transferência de gestão.
O movimento defende, ainda, a construção de um hospital de raiz para o Médio Ave, que possa servir Santo Tirso, Trofa e Famalicão, dotado de valências e equipamentos modernos. “Apenas um hospital público pode responder às necessidades da região”, sublinhou.
Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), marcou presença no protesto e reforçou a preocupação com o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “O único trabalho que o Ministério da Saúde tem feito é o desmantelamento sucessivo do SNS”, acusou, lembrando os problemas de gestão que têm levado a demissões em várias Unidades Locais de Saúde. “Neste caso, a FNAM defende o trabalho dos médicos e há poucos nesta ULS (Unidade Local de Saúde). Sabemos que o Hospital de Santo Tirso trabalha com muita dificuldade no dia a dia, com falta de médicos nas várias valências e especialidades, mas consideramos que, para melhorar o serviço, esta unidade deve continuar na esfera do SNS, garantindo cuidados universais a toda a população”, postulou.
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