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Movimento na Trofa quer fim da União de Freguesias de Bougado nesta legislatura
Um grupo de 11 cidadãos de Santiago de Bougado (Trofa) decidiu juntar-se para criar o “Movimento Por Santiago de Bougado”, para defender a desagregação da freguesia com S. Martinho de Bougado (atual União de freguesias de Bougado- Cidade da Trofa). Deste grupo nasceu um manifesto, ao qual se associaram também três ex-presidentes da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado.
António Azevedo, vice-presidente da autarquia e ex-presidente da Junta de Santiago, é o primeiro subscritor do manifesto que foi apresentado, esta terça-feira, numa conferência de imprensa realizada pelo Movimento no polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado. A ele juntam-se personalidades ligadas aos mais diferentes quadrantes políticos, insatisfeitas com as consequências da reforma administrativa, que agregou Santiago e S. Martinho, em 2013.
Este ato público acontece sete anos depois de uma assembleia popular, na qual ficou patente a recusa da reforma administrativa, conhecida pela “Lei Relvas”, e que diminuiu de oito para cinco as freguesias do concelho da Trofa.
No manifesto, os subscritores consideram a lei “injusta”, que foi aplicada “contra a vontade expressa dos bougadenses e dos seus órgãos representativos” e que, hoje, “está a afetar a coesão e o desenvolvimento territorial do próprio concelho da Trofa”. “Passados cinco anos, os argumentos então apresentados contra essa união forçada continuam perfeitamente válidos”, sublinham, fazendo uma análise “negativa” da agregação, que, atestam, “fez acelerar a tendência de declínio e de desertificação que já se vinha acentuando nos últimos anos”.
“Os bougadenses que desejem empreender e investir na sua freguesia, fruto da agregação com a freguesia urbana, vêem-se excluídos dos apoios comunitários e nacionais” a projetos “em diferentes áreas de negócio”, argumentam os subscritores, que falam ainda da “intensificação” do “envelhecimento” da população.
Em contraponto com as vantagens então anunciadas da agregação, sublinham que o processo “não se traduziu na diminuição de custos de funcionamento, tendo ao invés levado à diminuição do valor global das transferências da administração central”.
O manifesto é assinado por António Azevedo, Manuel Ramalho, José Gregório, José Moreira, António Pontes, Assis Serra Neves, Carlos Portela, Fernando Monteiro, José Rodrigues, Manuel Campos, Manuel Rodrigues da Silva, Olindo Marinho, Vera Araújo e Vítor Aníbal Maia.
O Movimento Por Santiago de Bougado foi criado, em novembro de 2018, numa altura em que o Governo, liderado por António Costa, começou a mostrar disponibilidade para reverter o processo de agregação.
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