V.N. de Famalicão
Nas crianças só o coração deve bater

Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância
Uma em cada dez raparigas no mundo, com idade inferior a 20 anos, foi sujeita a relações sexuais forçadas, isto diz respeito a cerca de 120 milhões de meninas.
Um quinto das vítimas de homicídio a nível mundial são crianças e adolescentes com menos de 20 anos, o que corresponde a 95 mil mortes em 2012. Aproximadamente um em cada três estudantes, a nível global, com idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos são regularmente vítimas de bullying. Estes são números do relatório “Hidden in Plain Sight” (Escondido à vista de todos), da UNICEF, que é uma das maiores compilações de dados elaborada sobre violência contra crianças. São números que falam por si. Assustam.
No mesmo relatório, a UNICEF apresenta ainda medidas que podem ajudar a reduzir a violência contra as crianças, como por exemplo “reforçar os sistemas judiciários, penais e de serviços sociais e recolher elementos de prova relativos à violência e aos custos humanos e socioeconómicos que acarreta, a fim de mudar mentalidades e normas sociais”. “ A violência contra as crianças ocorre a cada dia que passa, em toda a parte. E, embora prejudique sobretudo as crianças, também afeta todo o tecido da sociedade ameaçando a estabilidade e o progresso. Mas a violência contra as crianças não é inevitável. Podemos preveni-la se não deixarmos que permaneça na sombra”. Esta é uma citação de Anthony Lake que elucida bem a questão e que se pode ler no estudo“Hidden in Plain Sight”, da UNICEF. A Organização Mundial de Saúde define abuso ou maus-tratos às crianças como sendo “todas as formas de lesão física ou psicológica, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente, exploração comercial ou outro tipo de exploração, resultando em danos atuais ou potenciais para a saúde da criança, sua sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder”. A mesma entidade já assumiu a violência como um dos mais graves problemas de saúde pública pela sua dimensão e consequências. Por isso, a melhor forma de solucionar a questão é preveni-la. Neste sentido, o mês de abril é, desde 1989, a nível mundial, considerado o Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância. Mas a data não foi escolhida ao acaso. Tudo começou quando uma avó, Bonnie Finney, em 1989, nos Estados Unidos da América, prendeu uma fita azul à antena do carro para suscitar a curiosidade das pessoas. E a história desta fita azul não era de todo uma história feliz. Os seus netos eram vítimas de maus-tratos e um deles viria mesmo a falecer devido a agressões a que foi sujeito. Bonnie Finney também não escolheu a cor azul ao acaso. Esta avó não esqueceu as marcas e as nódoas negras dos seus dois netos, por isso o azul serviu, a partir daí, para assinalar a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos. Mais tarde, Portugal começou a celebrá-la também e, desde então, são várias as autarquias que
se juntam à causa e desenvolvem diferentes atividades com o intuito de “consciencializar a comunidade
para o seu papel na prevenção do abuso infantil, bem como promover nas famílias o exercício de uma parentalidade positiva, sem recurso à violência”. Os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa não são exceção e já prepararam o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância com diferentes iniciativas.
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