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Peça inspirada em casos reais de filicídio estreia na Casa das Artes

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Uma peça baseada em histórias reais, reunidas pela encenadora ao longo dos últimos três anos, de mulheres que mataram os próprios filhos, uma reflexão sobre o crime de filicídio e um espetáculo “para desassossegar o público e para refletir, ainda hoje, sobre a condição da mulher e sobre a sua necessidade de se afirmar”. É desta forma que a encenadora Luísa Pinto descreve o espetáculo “O Deserto de Medeia”, uma coprodução da Narrativensaio e da Casa das Artes, que vai estrear quinta-feira, dia 22 de fevereiro, no espaço cultural famalicense.
“É uma tragédia transversal a todos os séculos. Há 2500 anos, Eurípedes escreveu sobre a tragédia de Medeia, onde apresentava o retrato psicológico de uma mulher carregada de amor e ódio, e hoje acontece rigorosamente o mesmo. Só em Portugal, nos últimos três anos, tivemos seis casos”, explicou a encenadora, que desafiou Marta Freitas para escrever o texto da peça a partir de histórias reais.
Margarida Carvalho vai dar corpo às múltiplas mulheres, acompanhada pelo ator João Melo e por alunos do 11.º ano da ACE – Academia Contemporânea do Espetáculo de Famalicão e ainda pelas vozes de Rui David e Paulo Alexandre Jorge, que acompanham ao vivo toda a narrativa.
O espetáculo vai estar em cena de 22 a 24 de fevereiro, às 21.30 horas. Os bilhetes têm um custo de seis euros para o público em geral e de três euros para estudantes e portadores do Cartão Quadrilátero Cultural.

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