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Policia alemã tinha um problema que empresa de Santo Tirso resolveu

Jornal do Ave

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A polícia alemã estava com um problema. As camisolas interiores até tinham uma boa capacidade anti-odor e anti-suor. Tudo bem. Os coletes à prova de bala também funcionavam bem, Nada a apontar.  Até aqui tudo em ordem. O problema estava na interação entre estas duas peças da farda, pois os fechos de velcro do colete agarravam-se ao algodão da camisola interior. Um drama que a LMA resolveu.

A solução foi uma espécie de ovo de Colombo – fazer uma camisola interior com uma dupla face. A interior, que está em contacto com o corpo, mantém o nível de conforto e a função anti-odor. E a exterior é construída numa fibra a que o velcro não adere.

A policia alemã ficou tão encantada com a solução que a LMA ganhou um contrato para o fornecimento da malha que desenvolveu por medida para resolver este problema – e como boa patriota que é não descansou enquanto não trouxe para Portugal a confecção do inovador produto.

Inovar para satisfazer as necessidades dos clientes é o primeiro parágrafo do catecismo desta empresa que tem um lugar reservado no quadro de honra dos prémios do concurso  ISPO Textrends – nesta edição viu cinco das suas amostras serem distinguidas, das quais uma com um Top 10 – e assenta a sua oferta em quatro grandes linhas de produtos.      

A primeira linha baseia-se em malhas de conforto natural, com misturas poliester/lã ou poliester/caxemira e a garantia No muesling, ou seja que as ovelhas que estão na origem das fibras de origem animal não foram submetidas a uma forma particularmente dolorosa de vacinação, prevenindo assim os eventuais protestos das organizações de proteção dos animais.

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Malhas que repelem o óleo e a água sem usarem químicos na sua composição, o que está em linha com a campanha contra as emissões de carbono, constituem a segunda linha da oferta da empresa fundada por Leandro Manuel Araújo .

A terceira linha é de tecidos termo-reguladores (aquecem ou arrefecem dois graus, consoante o recomenda a temperatura exterior), com fibras desenvolvidas usando a tecnologia 37.5 da cocona, de que a LMA foi a primeira empresa licenciada em Portugal.

Por fim, e em resposta à crescente preocupação com a sustentabilidade do planeta, está a usar a fibra Kotton, uma poliesteramida de origem 100% reciclável que consegue ter um toque do algodão e é facilmente reciclável.

“O foco da nossa atividade está na sustentabilidade, numa vertente ecológica e inovadora”, resume Manuel Barros, o diretor executivo da LMA, que olha com alguma reserva para a atual conjuntura: “O Brexit é um problema. E quando há incerteza, os clientes ficam indecisos e não arriscam nada”.        

Fonte Jornal T

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