Santo Tirso
População saiu à rua para ver inauguração da Avenida Manuel Dias Machado (c/ vídeo)
O aparato mais fazia lembrar uma festa e em véspera de celebração da Revolução dos Cravos, a população de S. Martinho do Campo saiu à rua, para comemorar a inauguração da 1.ª fase da requalificação da Avenida Manuel Dias Machado.
Com uma empreitada de 300 mil euros, assumidos pela autarquia de Santo Tirso, a via ganhou um novo piso, passeios e mobiliário urbano para embelezar aquele que é o centro e uma das principais artérias de Vila Nova do Campo, pelas ligações que possibilita a outras freguesias, como Roriz e Vilarinho, e concelhos vizinhos, como Paços de Ferreira. A primeira fase abrangeu uma intervenção desde o cruzamento com a Avenida 25 de Abril até à Rua José Narciso da Costa.
Joaquim Couto, presidente da autarquia tirsense, reconheceu que a obra exigiu um “investimento razoável do orçamento municipal”, mas sublinhou que está cumprido “um compromisso estabelecido com a Junta de Freguesia”. “Era uma empreitada que a população de S. Martinho reivindicava há muitos anos e que a Junta de Freguesia estabeleceu como uma das prioridades. Nós comprometemo-nos e hoje (domingo) estamos a inaugurá-la”. O edil tirsense considera que a requalificação possibilitará “um benefício direto para a população, mas também para a atividade empresarial”.
O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso espera concluir as restantes fases da requalificação da Avenida Manuel Dias Machado até “ao final de 2017”. O valor global da intervenção está orçado em mais de um milhão de euros.
Para Marco Cunha, esta requalificação não se trata “de uma obra”, mas “da obra” para S. Martinho do Campo. “Não é uma rua que serve só as pessoas de Vila Nova do Campo, mas também as de todo o concelho e de Paços de Ferreira, que oriundos da via intermunicipal atravessam esta avenida. Era uma obra muito necessária”, frisou.
E “só quem tem memória curta”, acrescentou o autarca, “é que não consegue associar o que está aqui hoje e o que estava há um ano”. E nem as vozes da discórdia ficaram sem resposta de Marco Cunha que, no discurso protocolar, lembrou “o outdoor colocado pela Juventude Social Democrata, aquando do anúncio da requalificação, a questionar para quando as obras”. “Aqui está a resposta”, frisou.
Plano de “30 milhões” para requalificar acessibilidades
Durante a sessão de inauguração, Joaquim Couto anunciou que a autarquia está a desenvolver um plano “de cerca de 30 milhões de euros” para melhorar as acessibilidades no concelho. “É um programa que a autarquia vai desenvolver, ou com fundos próprios ou através de financiamento bancário ou de fundos comunitários e que está estabelecido para dois a quatro anos. Passa pela pavimentação, a cubos e asfalto, de cerca de 50 quilómetros, em locais onde se verificar maior urgência e nos acessos às zonas industriais do município. É um plano de investimentos muito largo, que passa também pelas ciclovias, projeto em articulação com os municípios de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão”, explicou.
Novo desafio: local para a feira semanal
Resolvido que está um dos problemas mais antigos de S. Martinho do Campo, Marco Cunha tem já outro entre mãos: local para a feira semanal. “Se calhar, trocaria uma das fases de requalificação pela resolução deste problema que é tirar a feira desse lugar, definitivamente, mas mantê-la no centro de Vila Nova do Campo. Já há um sítio identificado e estamos a trabalhar com a Câmara Municipal para resolvermos esta questão urgente o mais brevemente possível”, salientou.
Marco Cunha reconheceu que “os feirantes têm sido extraordinários”, mediante os constrangimentos a que foram sujeitos devido às obras. Durante a intervenção, alguns comerciantes acabaram por ser deslocalizados para uma rua adjacente e sofrer pela ausência de clientes. “Eu pedi-lhes paciência até à conclusão da obra e agora sei que, quarta-feira, vou tê-los a pedir-me uma solução ou um prazo, por isso na terça-feira vou trabalhar com o presidente de Câmara para ver se tenho uma resposta para eles”, afiançou. “Sei que não há mais condições para eles se instalarem na Avenida, uma vez que foram colocados equipamentos urbanos que não permitem a montagem das tendas, mas vamos encontrar soluções”.
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