Ricardo Pereira oficializa candidatura a Santo Tirso com coligação entre PSD, CDS e IL

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Ainda a desfrutar da vitória concelhia nas legislativas, o PSD de Santo Tirso aproveitou para apresentar oficialmente a candidatura de Ricardo Pereira à Câmara Municipal, nas eleições autárquicas que acontecem no próximo outono. Na sessão que teve lugar no Parque D. Maria II, o candidato contou com o apoio daqueles que pretendem que o concelho deixe de ser um bastião do PS, no poder há 43 anos.

A candidatura de Ricardo Pereira não será apenas sustentada pelo Partido Social Democrata, mas por uma coligação, que se estenderá ao CDS-PP e à Iniciativa Liberal, forças políticas que, de resto, estiveram representadas na sessão. Paulo Rangel, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, deu o mote para aquela a que chama convergência democrática e o candidato tirsense acabou por confirmar o cenário.

“A minha candidatura será de todos. Obviamente que terá muitos independentes, mas queremos fazer algo mais, queremos alargar à Iniciativa Liberal e continuar a contar com o CDS-PP”, anunciou Ricardo Pereira, anunciando que a assinatura do acordo de coligação está previsto para 10 de junho.

Mais do que a união de forças partidárias, o candidato fez questão de sublinhar que o foco está nas pessoas. “Temos de falar mais para as pessoas e menos para os partidos. Os partidos são um veículo daquilo que seja prestação na vida pública para atingir o fim que é o bem-estar de todos os munícipes. Se é com o partido A ou B, isso é secundário, na minha opinião”, reforçou.
Com 45 anos e economista de profissão, Ricardo Pereira é líder da concelhia do PSD desde 2021. Esta será a sua primeira candidatura à Câmara Municipal de Santo Tirso, atualmente governada pelo Partido Socialista, que detém sete dos nove mandatos no executivo. O social-democrata assume a ambição de inverter este cenário, apostando numa liderança de proximidade, inovação e valorização dos recursos locais.

Na sessão, marcada por uma plateia composta por apoiantes e representantes dos partidos que integrarão a coligação, estiveram presentes nomes de peso da estrutura nacional do PSD. Paulo Rangel, vice-presidente da Comissão Política Nacional, reforçou o apoio ao candidato, elogiando-lhe o dinamismo e a entrega. “Vi logo que Santo Tirso tinha condições para, finalmente, abraçar um projeto alternativo àquele que há 40 anos tem governado este concelho”, declarou, referindo-se ao longo ciclo de governação socialista no município.

Também João Abreu, antigo candidato do PSD às autárquicas de 2005 e 2009 e agora mandatário da candidatura, sublinhou o perfil de Ricardo Pereira como “exemplo raro de entrega, de dedicação, de disponibilidade genuína e de vontade férrea”. E acrescentou: “Esta não é uma candidatura de ocasião. É um movimento de mudança, de regeneração e de compromisso com a nossa terra.”

Apesar de ainda não ter apresentado o programa eleitoral completo, Ricardo Pereira adiantou algumas das prioridades do seu projeto autárquico, com destaque para a cultura, a habitação e a ligação entre a cidade e Vila das Aves. “A Casa das Artes é prioritária, tal como a Ponte de Cense e a requalificação da via marginal, para aproximar a Vila das Aves à cidade. Estas são, desde já, as nossas prioridades, além do trabalho e da proximidade com todos”, explicou, prometendo apresentar o programa cultural nas próximas semanas.

A habitação, o apoio aos pequenos empresários e a valorização dos trabalhadores da administração local são outras áreas que o candidato considera fundamentais.

Questionado sobre a influência da recente vitória da Aliança Democrática (AD) nas legislativas no seu projeto autárquico, Ricardo Pereira foi perentório: “Não, eu não confundo as eleições legislativas com as autárquicas. Nas autárquicas acredita-se mais na pessoa, no projeto, nos candidatos às juntas. Por isso começámos cedo a trabalhar com os nossos candidatos, para que levem a mensagem do que queremos fazer a todos os munícipes”.