Santo Tirso
Secretária de Estado justifica aumento de denúncias de violência doméstica com confiança na rede de apoio
Isabel Almeida Rodrigues esteve no Encontro da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, que decorreu na Fábrica de Santo Thyrso, a 22 de junho.

Um “trabalho de décadas” que tenta mudar “uma ideologia construída em milénios”. A ação nacional contra a violência doméstica não para, assim como o número de denúncias, que aumentaram no segundo trimestre deste ano.
A tendência crescente justifica-se, segundo a secretária de Estado para a Igualdade e Migrações, pelo sentimento de confiança que transmitem as medidas do Governo neste âmbito. Foi esta a ideia deixada por Isabel Almeida Rodrigues, no Encontro da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, que decorreu na Fábrica de Santo Thyrso, a 22 de junho.
“Quando não havia casas-abrigo, as mulheres não tinham para onde ir e as famílias o que diziam era ‘tens de aguentar’, ‘fica na tua casa com o teu marido’, acrescentando, muitas vezes, ‘ele é o pai dos teus filhos’. Nesse tempo, as mulheres, de facto, sujeitavam-se à situação de violência doméstica. Quando começamos a ter respostas e conseguimos quebrar esse silencio, elas começaram a denunciar e a sair de casa. Este é um efeito positivo do esforço que fazemos”, reforçou a governante, que associa o aumento das denúncias à “capacidade” do País “transmitir à vitima uma mensagem de confiança”.
Sublinhando que a violência doméstica “não é um problema exclusivo português” e que até na Europa existem “situações mais gravosas”, Isabel Almeida Rodrigues falou da importância de atuar junto das crianças e dos jovens, “que têm uma tolerância à violência que não é aceitável”, através de “programas de prevenção” que promovam “não só os valores dos direitos humanos e do respeito”, mas que os ajudem “a lidar com as suas frustrações” e “a aprender que há formas amistosas de resolver as diferenças”.
Para a governante, o trabalho de retaguarda dos municípios é “essencial” para fazer funcionar a rede de apoio às vítimas.
“O Governo financia toda a rede e conta com o apoio das autarquias locais, como é o caso de Santo Tirso, que é exemplar, pelo conjunto de instrumentos municipais que criou e pôs ao dispor do combate à violência doméstica. Isto inclui os gabinetes de atendimento, as casas de emergência, as casas-abrigo, o próprio apoio para casas de autonomização das mulheres e o financiamento da rede de apoio psicológico a crianças e jovens vítimas de violência doméstica”, detalhou.
No âmbito deste encontro, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, adiantou que, a propósito do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação, o Município terá a funcionar até ao final do ano um gabinete de atendimento, informação e encaminhamento para vítimas de violência contra as mulheres e violência doméstica.
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