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Tirsense expõe peças de escultura para angariar fundos para fazer curso em Harvard

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Depois de em 2013 ter promovido uma exposição com o intuito de angariar fundos para ingressar num mestrado no Imperial College, em Londres, Inglaterra, o médico tirsense Francisco Goiana da Silva volta à arte para cumprir agora o sonho de especializar-se em Gestão de Saúde, na Universidade de Harvard, Estados Unidos da América. Recentemente, recebeu a confirmação do ingresso no curso, que começa em julho. A exposição, “Sífiso (De nenhum fruto queiras só metade)”, vai ser apresentada no foyer da Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, e “representará uma angariação de fundos para a dispendiosa etapa da formação académica” de Francisco em Harvard.
A mostra de escultura, composta por 11 peças, é inspirada num poema de Miguel Torga – “Sífiso” – e é uma forma de “exteriorizar sentimento, situação ou frustração associados aos obstáculos colocados pela vida, quando batalhamos por concretizar os objetivos pessoais”, explicou ao JA Francisco Goiana da Silva.
Granito, mármore, madeiras nobres, ferro forjado, resinas de poliéster e materiais biológicos vários petrificados, como flores de magnólia, raízes e folhas, foram os materiais utilizados para as peças que “não têm preço” e que podem ser adquiridas através de “donativos”.
A ideia de realizar esta exposição surgiu logo após a primeira, em 2013, já com o pensamento em Harvard.
Natural de Santo Tirso, Francisco Goiana da Silva nasceu em 1989 e mantém uma ligação com a escultura desde os dez anos, altura em que ganhou por “três vezes” as “Construções na Areia – Jornal de Notícias”. Contactou pela primeira vez com técnicas de acabamento com betume judaico com 13 anos, quando experimentou a pintura de arte sacra. O trabalho com materiais como resinas e mármores começou dois anos mais tarde e é feito de forma autodidata.
Atualmente a residir em Londres desde setembro de 2014, Francisco Goiana da Silva, que se licenciou na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tem exposições permanentes no edifício do município de Gross Umstadt (Alemanha), no Hotel Cidnay e nos jardins do Hospital de Santa Maria (Lisboa).
Estudou no Colégio das Caldinhas, através do qual ficou “profundamente marcado pela doutrina e princípios jesuítas”. “A minha missão é, neste momento, crescer e cultivar-me ao máximo para voltar e acrescentar valor ao Serviço Nacional de Saúde”, complementou.

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