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Tirsense nomeado para o Fantasporto

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“Senhor X”, com argumento do tirsense Stephane Oliveira , foi uma das dez curtas-metragens nomeadas na categoria “Cinema Português – Melhor Filme” do Fantasporto 2017, um dos mais conceituados festivais nacionais de cinema. Apesar de não ter sido galardoado, o jovem promete não baixar os braços e continuar a trabalhar para “fazer melhor” no futuro.

Stephane Oliveira não é um estreante nestas andanças. Já em 2015, viu a curta-metragem “Last Seconds”, que também contou com argumento seu, ser nomeada para o Fantasporto. Este ano foi “Senhor X” que esteve entre as dez melhores curtas.
O jovem tirsense vê esta nomeação como “um motivo de orgulho para a equipa”, mas “principalmente” para si, “atendendo que foi a segunda vez que uma curta-metragem com argumento da sua autoria foi selecionada para o festival, com equipas distintas”, disse ao Jornal do Ave.
Realizada por Jean Calcagno, “a história do ‘Senhor X’ é a narrativa de um homem que não se sabe muito bem quem é, antes e depois do início do seu nascimento”, explicou o argumentista. “É a procura de um homem pela catarse, naquilo que poderá não passar de uma utopia, a luta do criador com o criado, num limbo desconhecido e tão misterioso quanto a vida. É uma história de amor que nunca deu certo. Ou, então,é só o que o espectador quiser interpretar dela”, completou Stephane Oliveira.
O jovem tirsense considera que com “perseverança, espírito de equipa e imaginação é possível fazer-se coisas bem feitas e diferentes”.
Ver os seus trabalhos nomeados para o festival que a revista Variety considerou como um dos 25 mais influentes festivais de cinema do mundo, e que já galardoou filmes como “Sete Pecados Mortais” de David Fincher, é para Stephane Oliveira a prova de que os seus “sonhos de garoto não são tão impossíveis quanto, por vezes, podem querer insinuar”. “Creio que dificilmente terá sido uma coincidência ter escrito duas curtas-metragens nomeadas para o melhor festival do país, ainda para mais atendendo às condições em que elas foram feitas, já que não gastamos praticamente um cêntimo em ambas”, considerou o jovem tirsense.
O vencedor da categoria acabou por ser “Um Refúgio Azul”, de João Lourenço. Um resultado que não deixou Stephane desiludido, mas antes motivado para “fazer melhor numa edição futura”.
O jovem de Santo Tirso promete não baixar os braços e continuar a participar em festivais do género, mantendo viva “a paixão pela escrita” que o acompanha desde cedo.
Stephane Oliveira estudou cinema e gosta de artes concetuais, “principalmente literatura, poesia, comédia e a sétima arte”. “Acho que a minha ligação ao cinema e a minha paixão pelas outras artes se deve à minha quase congénita timidez e ao facto de achar que consigo expressar-me melhor através destes meios do que propriamente de uma forma convencional”, concluiu.

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