Trio empresarial exporta componentes para órgãos de tubos

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Estão presentes em catedrais, igrejas e salas de espetáculos espalhadas pelo mundo e são produzidos em Vila Nova de Famalicão. Em Landim e Avidos moram três empresas responsáveis pela fabricação de componentes para órgãos de tubos de marcas alemãs. A JF Organpipes, a Bom Organum e a JMS Organaria produzem elementos diferentes para este instrumento musical e contribuem para que, em Vila Nova de Famalicão, exista “um mini-cluester” industrial de empresas organeiras. Enquanto a primeira, com administração alemã, ocupa-se da produção de tubos metálicos flautados, usando estanho e chumbo, a Bom Organum – também com administração germânica – desenvolve tubos e outros acessórios em madeira. Já a JMS Organaria, que tem como gestores Joaquim e Celeste Silva, cria palhetas, consideradas registos especiais do órgão. Todos os componentes produzidos servem o mercado externo.
O negócio nasceu em Vila Nova de Famalicão por iniciativa de Georg Jann, alemão responsável pela construção do órgão de tubos da Igreja da Lapa, no Porto, considerado o maior da Península Ibérica. Com o reconhecimento pela atividade em Portugal, Georg Jann fundou uma oficina de órgãos de tubos perto de Landim.
Para Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, estas empresas são “mais um sinal da diversidade do concelho num setor que tem uma enorme margem de progressão”. O autarca visitou as empresas, no âmbito do roteiro Famalicão Made IN e considerou a relação empresarial entre as três organizações “magnífica e surpreendente”.
“Vila Nova de Famalicão é um concelho empreendedor e exportador, mas poucos imaginariam que no setor organeiro tivesse uma concentração tão forte, crítica, criativa e com tanta qualidade”, sustentou.
O “know-how” concentrado nas três empresas também não deixou o edil indiferente, que destacou que “não é por acaso que a Alemanha vem cá para que os seus órgãos sejam produzidos ou reabilitados”.