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Vigília pressiona ministra da Saúde e garante reunião sobre Hospital de Santo Tirso

Sob chuva e vento, profissionais de saúde, utentes e autarcas juntaram-se no Largo Domingos Moreira, em frente à unidade hospitalar integrante da Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve), demonstrando o seu descontentamento e preocupação com a falta de esclarecimentos.

Jornal do Ave

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A vigília “Pelo Direito à Verdade” reuniu várias centenas de pessoas junto ao Hospital de Santo Tirso, a 8 de março, numa manifestação promovida pela Câmara Municipal para exigir respostas da ministra da Saúde sobre a decisão de retirar a gestão do hospital da esfera pública. Sob chuva e vento, profissionais de saúde, utentes e autarcas juntaram-se no Largo Domingos Moreira, em frente à unidade hospitalar integrante da Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve), demonstrando o seu descontentamento e preocupação com a falta de esclarecimentos.

O presidente da Câmara, Alberto Costa, anunciou durante o protesto que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao tomar conhecimento da manifestação, agendou uma audiência para esta sexta-feira, 14 de março. O autarca revelou ainda que o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde também se disponibilizou para uma reunião e, inclusivamente, enviou um e-mail. “Respondemos, passados cinco minutos, utilizando a carta aberta enviada à senhora ministra, para que nos pudesse responder às questões levantadas, mas até ao inicio da vigília, não recebi resposta”, referiu Alberto Costa, numa reação à oposição que o acusou de utilizar a atividade como “comício político”.

“Acho que está bom de ver que não foi, porque tivemos aqui diversas forças políticas, da esquerda, mas também de pessoas à direita, como o senhor presidente da Câmara Municipal da Trofa, que não podendo estar presente, nos disse que se iria fazer representar, porque está connosco nesta luta”, acrescentou o autarca tirsense.

Durante a vigília, o presidente da Câmara partilhou que, no telefonema que teve com a ministra, Ana Paula Martins garantiu que a transição da gestão do Hospital de Santo Tirso não ocorrerá antes de estar concluído o estudo da Comissão de Acompanhamento, ou seja, não será possível concretizar a transferência da gestão do Hospital até 31 de março. “Há muita confusão nesta decisão. É preciso calma e que se pense no superior interesse das pessoas, sejam eles utentes, ou profissionais de saúde”, sublinhou.

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Profissionais de saúde entregam abaixo-assinado

Durante a vigília, um grupo de profissionais do hospital entregou um abaixo-assinado a Alberto Costa para que este o leve à reunião com a Ministra da Saúde.

O documento conta com “320 assinaturas” num universo de “380 trabalhadores” e reúne representantes “de todas as categorias profissionais do hospital”, revelou Sílvia Fernandes, técnica auxiliar de saúde no hospital. Esta iniciativa surgiu da preocupação generalizada dos funcionários face à falta de informação sobre a transferência da gestão da unidade hospitalar para a Misericórdia. Entre as principais inquietações estão “os direitos adquiridos” e de “como se manterão” após a eventual mudança, a forma como será feita “a avaliação de desempenho e quem a conduzirá”, bem como a possível redução orçamental de 25%, cujo impacto ainda não foi esclarecido. “Não sabemos se vai implicar haver despedimentos, não sabemos se vai implicar haver algum corte de exames complementares para os utentes, porque nós estamos a falar enquanto profissionais, mas nós também somos utentes deste hospital”, sublinhou.

Com a reunião agendada, as expectativas estão voltadas para a obtenção de respostas concretas. Enquanto isso, a mobilização continua, com nova manifestação marcada para dia 15 de março, organizada pelo Movimento de Utentes do Hospital.

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